Período Regencial: o que foi, resumo e revoltas!
Estudantes do ensino médio de todo o país se preparam anualmente para encarar as provas dos vestibulares e do Enem. Muitos mantêm o foco nos estudos em casa, enquanto outros preferem se dedicar no tempo em que estão na escola. Seja qual for o caso, a questão é que é muito importante investir em conhecimentos sobre as mais diversas disciplinas.
Sendo assim, preparamos este conteúdo para que você entenda resumidamente o que foi o Período Regencial, em qual contexto histórico aconteceu, quais revoltas o marcaram e muito mais. Continue a leitura para aprender um pouco mais sobre o assunto e ter muito mais preparo para lidar com os exames de fim de ano!
O que foi o Período Regencial?
Na História de nosso país, houve um importante hiato entre o Primeiro Reinado e o Segundo Reinado, que ficou conhecido como Período Regencial. Ele teve início assim que o imperador D. Pedro I abdicou de seu trono, dando lugar ao seu filho, em 1831.
O seu fim, em 1840, ficou marcado por um dos mais importantes eventos da História do Brasil, o Golpe da Maioridade, que foi quando D. Pedro II foi coroado imperador.
Período Regencial: resumo
É correto afirmar que o Período Regencial foi resultado do fim do Primeiro Reinado, que, por sua vez, ficou marcado pelos confrontos cada vez mais frequentes entre brasileiros, portugueses e o autoritarismo do imperador.
A forte da pressão da época e as tensões se agravando foram os principais fatores que levaram o imperador D. Pedro I a abdicar de seu trono no Brasil em abril de 1831. Dessa forma, seu filho seria seu sucessor automaticamente.
No entanto, Pedro de Alcântara não pôde assumir o cargo de seu pai naquele momento, visto que a lei impedia que uma criança de apenas cinco anos de idade fosse coroada como imperadora do Brasil.
De acordo com a Constituição de 1824, a única alternativa legal para aquele momento seria a de manter o país sendo governado por regentes durante o período de transição entre o Primeiro e o Segundo Reinado. Esse período deveria ter durado até 1844, quando Pedro de Alcântara teria completado 18 anos, mas foi antecipado por meio de um golpe parlamentar, em 1840.
Período Regencial: política
A intensa movimentação política por todo o Brasil foi uma das características do Período Regencial que mais o marcou. Os acalorados debates políticos giravam em torno de três grupos que, posteriormente, viriam a se transformar nos dois partidos do Segundo Reinado.
Os três grupos políticos que existiam durante o Período Regencial eram:
- Restauradores — representado pelas pessoas que defendiam o retorno de D. Pedro I como imperador do Brasil. Seus maiores expoentes eram os Irmãos Andradas (José Bonifácio foi um deles);
- Liberais Exaltados — eram abertamente defensores do federalismo. Ou seja, tinham o objetivo de aumentar o número de províncias por todo o país. O nome mais influente desse meio foi Cipriano Barata, um dos maiores defensores da república;
- Liberais Moderados — em sua grande maioria, eram monarquistas que defendiam que o poder deveria ser limitado ao imperador. O padre Feijó foi um de seus maiores representantes.
Durante o decorrer do Período Regencial, os três grupos foram se fundindo e acabaram se transformando no Partido Conservador (uma mistura dos grupos de restauradores e liberais moderados) e no Partido Liberal (uma mistura dos grupos exaltados, moderados e liberais).
Período Regencial: revoltas
Sem dúvida, um dos elementos que caracterizou o Período Regencial foram as revoltas do Período regencial, que aconteciam nas mais diversas regiões do Brasil. De forma resumida, as revoltas provinciais ocorriam por conta da insatisfação do povo em relação às políticas, à desigualdade social e pobreza e aos rumos que o país tomava.
As principais revoltas que aconteceram durante os anos do Período Regencial foram:
- Cabanagem (Grão-Pará) — entre 1835 e 1840 — rebelião por disputas políticas locais e insatisfação popular;
- Balaiada (Maranhão) — entre 19838 e 1841 — rebelião por disputas políticas locais;
- Sabinada (Bahia) — entre 1837 e 19838 — rebelião de cunho separatista que visava implantar uma república na Bahia;
- Revolta dos Malês (Salvador) — 1835 — o mais importante levante de escravos de origem islâmica que aconteceu na província da Bahia;
- Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul) — entre 1835 e 1845 — revolta motivada pela insatisfação da elite local em relação a questões políticas e econômicas impostas pelo governo.
Fim do Período Regencial
As disputas políticas entre conservadores e liberais resultaram no fim do Período Regencial. Os liberais se revoltavam mostrando sua insatisfação com a regência de Araújo Lima, defendendo a antecipação da maioridade de Pedro de Alcântara (príncipe do Brasil naquele período).
Ao conseguirem conquistar o apoio de grande parte dos senadores e deputados, os liberais puderam realizar o Golpe da Maioridade, em 1840. Como o próprio nome já deixa claro, Pedro de Alcântara conseguiu antecipar sua maioridade com esse golpe, tornando-se então imperador do Brasil aos 14 anos de idade.
Os liberais esperavam que, com o início do Segundo Reinado, os conservadores tivessem o poder tirado de suas mãos e as revoltas que ocorriam em todo o país chegassem ao fim, de fato.
Período Regencial: exercício
(UNESPAR 2016) Sobre as revoltas provinciais deflagradas no Período Regencial, considere as seguintes alternativas:
I. A Cabanagem — PA (1835-1840) foi um movimento popular com a participação de índios, caboclos e negros que se opôs à Regência e ocupou, por alguns meses, o governo da província.
II. A Revolução Farroupilha — RS/SC (1835-1845) foi uma revolta motivada, sobretudo, pela política tributária do governo regencial, que, por sua vez, conseguiu conter o movimento, punir os líderes e impor as tarifas que causaram o início do movimento.
III. A Sabinada — BA (1837-1838) pregava a República federativa, estabelecendo em 1837 o novo regime na BA, o qual se manteria até a maioridade do futuro imperador. Após reação dos senhores de engenho do Recôncavo e do governo central (com a Armada) a capital da BA foi retomada.
IV. As revoltas Cabanagem, Revolução Farroupilha e Sabinada tinham em comum demandas regionais não atendidas pelo governo central. Em nenhum caso, seus líderes pretendiam ampliar as conquistas para o âmbito nacional.
A) I, II e III estão corretas.
B) II e IV estão corretas.
C) I, III e IV estão corretas.
D) Todas estão corretas.
E) II, III e IV estão corretas.
Resposta: C
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Como você pôde conferir neste artigo, o Período Regencial, embora tenha tido um tempo de duração relativamente curto, representa uma fase em que muitos dos acontecimentos mais importantes do Brasil aconteceram.
Com todas essas informações que foram abordadas no decorrer do material, você terá muito mais preparo para encarar as provas do Enem e dos vestibulares.
Achou o nosso artigo sobre os principais acontecimentos do Período Regencial útil para aumentar seu repertório de conhecimentos sobre História? Então, nosso Cronograma de Estudos pode ajudar ainda mais!