Renascimento comercial e urbano: o que foi, resumo e mais!
Dentre as grandes mudanças e revoluções ocorridas na história ocidental, o renascimento comercial e urbano foi uma das mais importantes, moldando alguns dos princípios que regem nossa organização social até os dias de hoje.
Trata-se de um período histórico que demarca o declínio da Idade Média, fase da história que durou longos séculos antes de alcançar o período conhecido como Idade Moderna. Foi um momento decisivo para várias instituições sociais, econômicas, políticas e religiosas.
Sendo assim, é evidente que se trata de um assunto com grande relevância para as provas de vestibular e outros processos seletivos. Sua influência é significativa tanto para o conhecimento histórico quanto geográfico e político, tornando-se uma chave de leitura muito útil para quem está se empenhando para passar no vestibular.
Neste artigo, abordaremos os seguintes tópicos:
- explicação do que é o renascimento comercial e urbano;
- a definição conceitual do que significou essa época;
- resumo dos principais pontos que se deve absorver para o vestibular;
Vamos lá?
O que foi o renascimento comercial e urbano?
Situado entre os séculos XI e XIII, o renascimento comercial e urbano refere-se a um processo que atingiu a sociedade europeia em vários níveis. Ele coincide com e época conhecida como Baixa Idade Média, momento onde os modelos sociais adotados até então deixaram de funcionar e foram substituídos por outros.
Qual foi o contexto de surgimento do renascimento urbano?
Quando pensamos em Idade Média, uma das primeiras ideias que vem à mente é a do sistema de feudos. O feudalismo organizava os agrupamentos de pessoas em pequenos estados, regidos por uma ordem que se estabelecia na relação entre o suserano — regente e governante da propriedade — e seus vassalos.
Além disso, vale ressaltar que a Igreja Católica tinha uma presença muito forte nessas sociedades, tendo uma representatividade não só espiritual, como política, e até mesmo militar. A força da instituição romana era tamanha nessa época que eles foram responsáveis tanto pela ascensão quanto queda de muitos reinados no período.
Reformas religiosas e avanço das cruzadas
Um dos pilares do renascentismo foi produzido dentro do próprio âmbito religioso. A forma como Lutero foi responsável por uma ruptura da hegemonia católica nesse período é amplamente conhecida.
Pense que o acesso ao conhecimento religioso, e até mesmo a capacidade de ler e escrever, eram restritos ao clero da Igreja Católica. Lutero passou a questionar publicamente algumas das tradições conservadoras dessa vertente.
Entre elas, estava a restrição do acesso à religiosidade e à propagação de uma versão em alemão da bíblia. Para se ter ideia, as missas nessas épocas eram celebradas em Latim, de modo que poucos realmente conseguiam entender o que era dito nas cerimônias.
A reforma iniciada por Lutero trouxe muitas mudanças nesse sentido, possibilitando a expansão das possibilidades religiosas para os europeus, e criando outras formas de entendimento dos textos bíblicos.
A questão do acúmulo de riquezas como pecaminosa e indesejada pela tradição católica passou a ser confrontada por outras visões, como a do Calvinismo, que compreendia o trabalho e a fartura como formas de adorar a deus.
Formação das monarquias nacionais
Com o fim dos feudos, os grandes estados nacionais passaram a ser formados. As configurações de países que se mantêm mais ou menos da mesma forma até hoje foram criadas nessa época. Dentre eles, podemos citar: França, Itália, Portugal e, mais tardiamente, Alemanha e Espanha.
Esse tipo de mudança na forma de organização social trouxe uma aproximação das pessoas em geral para a criação e estabelecimento dos grandes centros urbanos. Antes disso, o período da Idade Média foi muito marcado pela ocupação do espaço do campo, tendo a agricultura e pecuária como principais atividades de trabalho.
Definição conceitual: renascimento comercial e urbano
O nascimento da classe burguesa
A partir das coordenadas descritas acima, uma nova classe social foi se formando, o que provocou mudanças profundas no cenário europeu e, consequentemente, para o resto do mundo.
Apoiada por ideologias como a do Calvinismo, e patrocinando o renascimento de uma cena artística, a burguesia passou a existir como figura política importante, além do clero e da realeza.
Além da burguesia em si, o florescimento das artes, como pintura, escultura e outras formas de expressão, foi amplamente valorizado nesse período. Isso trouxe o que chamamos de renascimento artístico.
Mais do que simples obras de arte, elas retratavam e idealizavam as sociedades modernas, que se afastavam de um pensamento puramente religioso e passaram a ser pautadas, também, pela lógica do mercado e por uma racionalidade científica com o passar do tempo.
Renascimento comercial e urbano: resumo
Agora, vamos retomar algumas das características principais sobre o renascimento comercial urbano em tópicos, para facilitar seus estudos:
- criação dos estados nacionais europeus, substituindo a política de feudas da Idade Média;
- ressurgimento das artes e valorização da cultura grega clássica;
- ocupação dos grandes centros urbanos, criando cidades que até hoje são polos de países europeus;
- contexto de surgimento da Reforma Protestante, responsável por tirar a hegemonia católica, diminuindo o poder político dessa instituição;
- nascimento da burguesia, classe social que se distinguia da nobreza e do clero, mas que passou a participar ativamente dos rumos dessas sociedades.
Como vimos, o renascimento comercial e urbano foi um período determinante para a forma como o mundo funciona até hoje. A modernidade que se inaugurou com o fim da Idade Média foi forjada justamente nessa passagem. Dê uma olhada em nosso resumo sobre esse período.
É interessante observar que diferentes espectros da sociedade foram impactados por tais mudanças, desde do ponto de vista religioso e até a valorização da produção artística. Recomendamos que estude esse temas históricos sempre dessa forma: avaliando o contexto social e cada época e os fatores que os influenciam.
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