Revolução Chinesa: Resumo Completo e Análise
A revolução chinesa é um assunto presente nos vestibulares e no Enem, por isso é importante aprender sobre esse acontecimento histórico. Afinal, a revolução chinesa de 1949 é relevante não só para a história da China como também para a história mundial.
Além disso, entender a história lhe proporciona um pensamento crítico e analítico, algo que é importante para todo vestibulando.
O que foi a Revolução Chinesa?
A Revolução Comunista Chinesa aconteceu após uma longa guerra civil que resultou na proclamação da República Popular da China em 1 de outubro de 1949. O Partido Comunista Chinês venceu o Partido Nacionalista em um conflito que se iniciou em 1925.
O embate entre os partidos políticos iniciou-se quando Chiang Kai-shek assumiu a liderança do Partido Nacionalista. Mas foi após a China vencer o Japão, em 1945, na Segunda Guerra Sino-Japonesa, que a guerra civil chinesa se intensificou e acabou, por fim, com a vitória dos comunistas.
Foi então que, sob a liderança de Mao Tsé-tung, o comunismo passou a ser implementado na então proclamada República Popular da China.
Mas, calma! Continue com a leitura e entenda todos os detalhes dessa história.
Revolução chinesa: resumo
No começo do século XX, a China era governada por uma monarquia e sofria com interferências estrangeiras. Portanto, começaram a surgir movimentos nacionalistas.
Foi então que, com a Revolução de 1911 ou Revolução Xinhai, o período monárquico acabou e a China foi transformada em uma República. Sendo assim, através da criação de um governo provisório, o Partido Nacionalista — ou Kuomintang — passou a governar o país.
O início do comunismo na China
O sucesso comunista na Rússia, com a Revolução de 1917, fortaleceu o comunismo na China. Com isso, em 1921, foi criado o Partido Comunista Chinês (PCC).
Inicialmente, a relação entre o PCC e o Kuomintang foi amigável. Isso porque a União Soviética foi uma parceira econômica do Kuomintang e, portanto, mediou a inclusão dos comunistas no partido, ainda que submetidos ao líder nacionalista Sun Yat-sen.
A Revolução Chinesa de 1949
Em 1925, porém, o líder Sun Yat-sen faleceu, e Chiang Kai-shek assumiu o seu lugar. Devido a força cada vez maior do comunismo na China, o novo líder do Partido Nacionalista começou uma intensa repressão aos comunistas.
Houve, entretanto, uma trégua no conflito político quando o Japão declarou guerra contra os chineses em 1937. Logo, com a derrota japonesa, em 1945, a guerra civil pela disputa do poder na China recomeçou.
Quando os comunistas invadiram Pequim, em janeiro de 1949, Chiang Kai-shek, membros do Kuomintang e a alta burguesia chinesa fugiram do país e se refugiaram em Formosa (Taiwan). Portanto, o PCC venceu a guerra civil e proclamou a República Popular da China em outubro de 1949, dando início ao regime comunista no país.
Sendo assim, esse momento histórico é chamado de Revolução Chinesa de 1949 ou Revolução Comunista Chinesa.
Esse resumo da Revolução Chinesa já explicou muita coisa, não é mesmo? Por isso, agora que já entendemos o que foi a Revolução Chinesa, o que acha de criarmos um mapa mental para você absorver ainda mais esse conteúdo?
Revolução Chinesa: mapa mental
Vamos pontuar as datas e situações mais marcantes desse período histórico. Dessa forma, é fácil compreender e memorizar o conteúdo:
- Revolução de 1911 ou Revolução Xinhai: é o fim da monarquia na China e o início do governo do Partido Nacionalista (Kuomintang);
- em 1921 é a criação do Partido Comunista Chinês (PCC);
- em 1925 Chiang Kai-shek assume o poder do Partido Nacionalista e inicia o conflito contra os comunistas;
- em 1937 o Japão declara guerra contra a China;
- em 1945 o Japão é derrotado na Segunda Guerra Sino-Japonesa e a guerra civil entre PCC e Kuomintang recomeça;
- em 1949 o Partido Comunista vence a guerra civil e proclama a República Popular da China, implementando o regime comunista no país.
Com esse mapa mental da Revolução Chinesa ficou ainda mais fácil estudar, concorda? Portanto, chegou a hora de nos aprofundarmos nos detalhes históricos.
Revolução chinesa de 1911
A China vivia uma monarquia sob o comando da dinastia Manchu, ou dinastia Qing, e o território chinês sofreu uma série de invasões estrangeiras no século XIX.
Em um processo neocolonialista, a China perdeu quatro batalhas que ocasionaram na redução de territórios e consentimentos de exigências estrangeiras. Essas batalhas são conhecidas como as duas Guerras do Ópio, a Primeira Guerra Sino-Japonesa e a guerra Russo-Japonesa.
A situação instável do império chinês alimentou os movimentos revolucionários e a criação do Partido Nacionalista (Kuomintang) em 1905, sendo o líder Sun Yat-sen o responsável pela fundação do partido.
Logo, Sun Yat-sen liderou o Kuomintang nas revoluções que ocasionaram a queda da monarquia na China, em 1911. Tal acontecimento é conhecido como a Revolução de 1911 ou Revolução Xinhai.
Revolução chinesa de 1949
Com a Revolução de 1911, a China foi transformada em uma República. Sendo assim, para governar o país nesse novo período, um governo provisório foi formado. Entretanto, esse foi um momento conturbado e de muita instabilidade no país, gerando insatisfação no povo chinês.
A resposta do povo foi a criação de movimentos separatistas liderados por chefes militares, conhecidos como Senhores da Guerra. Portanto, iniciou-se um conflito entre os separatistas e o governo nacionalista.
Enquanto o Kuomintang lutava contra a fragmentação territorial, o movimento comunista ganhava força após a Revolução de 1917, na Rússia. Dessa forma, em 1921, o Partido Comunista Chinês foi criado com 57 membros e fundadores. Entre eles, estava Mao Tsé-tung, o grande líder do comunismo na China.
O confronto entre os partidos
A princípio, o PCC se uniu ao Kuomintang por meio da mediação da União Soviética, que apoiava economicamente o Partido Nacionalista. Porém, quando Chiang Kai-shek assumiu a liderança do Kuomintang, em 1925, ele iniciou um período de repressão ao comunismo.
Entre 1934 e 1935 aconteceu a Longa Marcha. Os comunistas chineses percorreram aproximadamente 10 mil quilômetros a fim de fugir da intensa repressão causada por Chiang Kai-shek.
Em 1937 houve uma trégua entre nacionalistas e comunistas devido à guerra contra o Japão. Porém, ainda em meio à trégua, houve conflitos entre os dois grupos.
O fim da guerra contra o Japão e da trégua entre os partidos
Após o fim da guerra e derrota do Japão, em 1945, os líderes Chiang Kai-shek e Mao Tsé-tung se reuniram em busca de um acordo entre os partidos. Entretanto, o líder nacionalista exigiu o desarmamento total por parte dos comunistas, exigência que Mao Tsé-tung recusou. Sendo assim, iniciou-se o período de guerra civil que antecedeu a Revolução Comunista Chinesa.
Apesar do apoio dos Estados Unidos ao Kuomintang, a vitória comunista aconteceu devido ao suporte massivo dos camponeses. Sendo assim, no dia 1 de outubro de 1949, Mao Tsé-tung proclamou a República Popular da China.
Revolução Cultural Chinesa
A Revolução Chinesa de 1949 não foi a única revolução liderada por Mao Tsé-tung. Ele também encabeçou a Revolução Cultural Chinesa, uma campanha político-ideológica que ocorreu a partir de 1966.
O plano econômico denominado Grande Salto Adiante (1958 — 1960) fracassou e provocou a morte de milhões de pessoa por causa da fome. Esse fenômeno ficou conhecido como a Grande Fome Chinesa. Por isso, a oposição começou a crescer dentro de setores menos radicais do Partido Comunista, resultando, então, na Revolução Cultural Chinesa para neutralizar os opositores de Mao Tsé-tung.
Portanto, nesse período, Mao Tsé-tung produziu e distribuiu O Livro Vermelho, uma coletânea de citações do líder comunista que tinha como objetivo exaltar e propagar a sua ideologia.
Em abril de 1969, no IX Congresso do Partido Comunista da China, Mao Tsé-tung finalizou oficialmente o período de Revolução Cultural Chinesa. Entretanto, estudiosos afirmam que a revolução só acabou em 1976 com a morte do líder comunista.
Essa foi a história da República Popular da China, uma nação considerada comunista até os dias atuais. Agora você já sabe tudo sobre a Revolução Chinesa e vai gabaritar a prova de história no vestibular! Que tal também estudar outras matérias?
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