Revolução Pernambucana: o que foi, resumo e mais!
A Revolução Pernambucana foi um dos momentos marcantes da História brasileira. Uma revolta emancipacionista ameaçou os planos da coroa portuguesa de implantar um único e grande império luso-brasileiro por aqui. Cá entre nós, você está por dentro desse tema?
Saiba que esse capítulo, tão importante, é muito cobrado no Enem e em vestibulares. Por isso, se quiser se dar bem nos exames, é preciso estar afiado na matéria. Se você ainda tem dúvidas, não há motivos para se preocupar.
Pensando nisso, neste post, trouxemos um resumo bem bacana para você se inteirar e não ficar de fora do assunto. Vamos lá?
O que foi a Revolução Pernambucana?
A Revolução Pernambucana de 1817, também chamada de Revolução dos Padres, aconteceu na Capitania de Pernambuco. O movimento, separatista e republicano, foi liderado pela elite local, mas com apoio da maioria da população.
A causa demonstrou a insatisfação com o controle de Portugal sobre o país e as desigualdades sociais da época ocasionadas, em grande parte, pela exploração da Corte Portuguesa em relação à capitania, que era a mais lucrativa.
A Revolução Pernambucana foi o único movimento libertário que saiu da fase conspiratória e chegou à tomada do poder. Ela deu “dor de cabeça” para a monarquia, adiando a aclamação de João VI como rei e ocasionando o posicionamento do governo e a repressão por todo o reino do Brasil.
Revolução Pernambucana: resumo
Antes de falarmos sobre como aconteceu a Revolução Pernambucana, é interessante contextualizar a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, um dos motivos da revolta. A transferência da corte ocorreu em 1808 por conta do Bloqueio Continental, criado por Napoleão Bonaparte.
Embora ela tenha sido benéfica ao dar maior liberdade econômico às elites que exportavam produtos de agricultura, isso não foi suficiente para não trazer a insatisfação com as atitudes da monarquia.
Causas da Revolução Pernambucana
O aumento de impostos para financiar os conflitos militares de Dom João VI e os gastos exagerados da corte, a delegação de cargos públicos aos portugueses em vez de brasileiros e as regalias aos comerciantes portugueses mobilizaram tanto a elite quanto a população pernambucana.
Isso porque as medidas chegaram a Pernambuco quando os produtores passavam por muita dificuldade econômica. Nessa época, a capitania estava enfrentando um diminuição na produção de açúcar e de algodão por causa de uma forte seca que também levou pessoas à morte.
Sendo assim, a população não conseguia pagar os impostos cobrados pela Coroa Portuguesa, gerando imensa revolta. Ao mesmo tempo, os ideais de liberdade e igualdade do Iluminismo já circulavam pela elite intelectual.
Com tantas insatisfações e problemas causados pela corte, proprietários de terras, militares, juízes, comerciantes, padres e população pobre se juntaram e organizaram o movimento emancipacionista.
Início da Revolução Pernambucana
A eclosão da Revolução Pernambucana se deu em 6 de março de 1817. Os revolucionários ocuparam Recife, prenderam o então governador — Caetano Pinto de Miranda Montenegro — e derrotaram as tropas de Portugal. Dessa maneira, formaram o próprio governo, de caráter provisório, constituído de cinco membros.
Houve também a formação de um grupo de emissários com a responsabilidade de difundir a causa por outras capitanias brasileiras e alguns países europeus. Os objetivos da Revolução eram tornar o país independente de Portugal e instituir a república.
Líderes da Revolução Pernambucana
A Revolução Pernambucana teve alguns nomes importantes na liderança:
- José de Barros Lima;
- Cruz Cabugá;
- Padre João Ribeiro;
- Domingos José Martins.
Aliás, o movimento também é conhecido por Revolução dos Padres por conta da participação fundamental do clérigos.
Assim que tomou o poder de Pernambuco, o governo provisório instituiu algumas medidas:
- Proclamação da República na Capitania de Pernambuco;
- extinção dos impostos criados por Dom João VI;
- aumento na remuneração dos soldados;
- liberdade de imprensa;
- liberdade religiosa;
- implantação do princípio dos três poderes (judiciário, legislativo e executivo).
Embora a causa tivesse fundamento liberal, as medidas do governo provisório tinham intenção de beneficiar mais as elites locais do que promover a justiça social. Uma demonstração disso foi a manutenção do trabalho escravo, pois os grandes proprietários de terras não queriam a abolição da escravatura.
Consequências da Revolução Pernambucana
Assim que soube do ato revolucionário, o governo português se mobilizou e enviou tropas da Bahia e do Rio de Janeiro. As primeiras avançaram de forma terrestre pelo interior da capitania pernambucana. Já as segundas cercaram a cidade de Recife com embarcações, que cortaram a comunicação da capitania com as demais regiões.
O movimento dos revolucionários foi enfraquecido por conta das diferenças de pensamentos entre as próprias lideranças, o que favoreceu que as tropas reais retomassem o controle das capitanias vizinhas, como as do Ceará e do Rio Grande do Norte. A revolta resistiu em Pernambuco até o dia 20 de maio de 1817.
Os líderes da revolução se renderam ao general Luís do Rego Barreto logo após a invasão a Recife e tiveram punições exemplares. Alguns foram enforcados ou arcabuzados — morto a tiros de arcabuz, um tipo de arma de fogo da época.
Domingos José Martins, por exemplo, foi arcabuzado. Já José Barros de Lima foi enforcado, teve as mãos e a cabeça arrancados e o corpo arrastado pelas ruas de Recife. A mesma brutalidade aconteceu com os corpos de Padre João Ribeiro e de Vigário Tenório.
Outros revolucionários permaneceram presos por muitos anos, como Frei Caneca. Dessa maneira, o governo português demonstrou a sua hegemonia por meio de muita violência.
A Revolução Pernambucana foi ocasionada pela insatisfação popular sobre os abusos da corte portuguesa, que exigia cada vez mais da população em dificuldades econômicas. Ela foi a única mobilização popular que saiu da conspiração para ser efetivada e pode ser considerada a primeira Proclamação da República.
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