Stalinismo: o que foi, características e mais!
Stalinismo foi o regime de governo da União Soviética durante o comando de Josef Stalin, período conhecido como Era Stalin. Ele surgiu na Europa um pouco antes de o nazismo tomar a Alemanha e se caracterizou pelo totalitarismo. Você está por dentro desse assunto?
A ditadura stalinista é um tema muito recorrente no Enem e em outros vestibulares. Por isso, é preciso entender como funcionou esse regime, suas características e quem foi o ditador antifascista Stalin.
Se você ainda não está afiado na matéria, não tem problema. Neste post, trouxemos um resumo bem bacana e muito útil na hora de estudar. Continue por aqui e confira!
O que foi o stalinismo?
O termo stalinismo refere-se ao regime totalitário que aconteceu na União Soviética, entre 1927 e 1953, sob a liderança do antifascista Josef Stalin. De caráter comunista, esse governo ditatorial conseguiu industrializar a URSS, transformando-a em uma grande potência capaz de fazer embate direto aos Estados Unidos na chamada Guerra Fria.
Entretanto, como toda ditadura, o período foi marcado por falta de liberdade de expressão e perseguição aos seus opositores. Outros regimes totalitários na Europa foram o salazarismo (Portugal), fascismo (Itália) e o franquismo (Espanha), contudo, o stalinismo foi considerado um dos governos mais autoritários de toda a história.
Características do stalinismo
Algumas características do stalinismo são comuns aos demais regimes totalitários, como o partido único, que comanda por meio da autoridade de seu líder. Nele, as decisões são todas tomadas pelo Estado, que mantém o controle sobre todos os aspectos da vida da população, desde a economia até as criações artísticas, culturais, intelectuais e científicas.
Espionagem
O stalinismo desenvolveu um dos maiores sistemas de espionagem vistos até hoje, sob o comando da KGB (sigla traduzida como Comitê de Segurança do Estado). Os resultados desse controle extremo foram perseguições, exílios, deportações e mortes de muitos opositores sob o discurso de que isso era necessário para que o curso da revolução comunista tivesse sucesso.
Censura e propaganda
A censura dos meios de comunicação era algo muito frequente durante esse período. A arte também sofreu perseguição, e grande parte dos cidadãos não teve acesso às obras literárias hoje consideradas clássicas. Aliás, até mesmo religiões foram reprimidas nessa época.
Em sociedades cuja censura é dominante, a propaganda é um recurso muito eficiente para dar força ao governo, e no stalinismo não foi diferente. A propaganda era baseada na ideologia marxista-lenista a fim de promover o Partido Comunista. Ela se fundamentou no nacionalismo e no culto a Stalin, levando à construção de enormes estátuas e monumentos em sua homenagem.
Stalinismo: resumo
Para entender o stalinismo é preciso voltar um pouco na história. Antes do socialismo, a Rússia tinha um sistema político baseado no czarismo, no qual o imperador russo governava de maneira absoluta. Contudo, a população passou a ser mais organizada e unida, manifestando-se contra o regime e impulsionando a quada da monarquia.
Dessa forma, em 1917 estourou a chamada Revolução Russa, que levou o marxista Lênin ao poder. Por conta das derrotas durante a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), a Rússia enfrentava muitos problemas econômicos e sociais.
Com a morte de Lênin em 1924, dois nomes importantes do governo disputavam o poder da então consolidada União Soviética: Leon Trótski, líder do Exército Vermelho, e Josef Stalin, chefe do Partido Comunista.
Por divergências políticas, Trótski foi afastado do governo e expulso da URSS. Anos depois, foi assassinado no México a pedido de Stalin. Em 1927, Josef Stalin subiu definitivamente ao poder dando início a Era Stalin, que durou até a sua morte, em 1953.
Economia stalinista
Depois da Primeira Guerra Mundial, quando a Rússia enfrentou fortes crises, Stalin focou no desenvolvimento industrial e econômico por meio da criação dos planos quinquenais. A primeira iniciativa visava fortificar a indústria mais pesada e de comunicação e reduzir a agricultura e a indústria de consumo.
Isso tudo fez da URSS uma ditadura produtivista, que estava em contínua atividade. A folga semanal comum não existia mais, cada operário tinha o seu dia de descanso após cinco ou seis dias úteis consecutivos de trabalho. Nessa época, o desemprego praticamente desapareceu.
O resultado foi muito bom para a União Soviética, que em 1940 estava em terceiro lugar na industrialização mundial. Entretanto, nos campos, os agricultores encontravam-se insatisfeitos com a maneira como o stalinismo lidou com a parte rural.
O governo tomou as terras cultiváveis e distribuiu para fazendas do Estado e propriedades cooperativas. Quem resistiu foi morto ou deportados para Ásia ou Sibéria. Essa insatisfação gerou alguns problemas para a URSS, como a fome e a miséria.
Grande terror
Em meados da década de 1930, após o forte crescimento econômico, a qualidade de vida da maior parte da população soviética havia melhorado. Com isso, a esperança era que Stalin afrouxasse o totalitarismo e a maneira ditatorial de governar, mas não foi isso que aconteceu.
Pelo contrário, o grande terror ainda existia e a perseguição a quem se opunha ao ditador continuava. Até mesmo pessoas que ocupavam cargos dentro do regime, como militares, cientistas e administradores, foram acusados de traição e sofreram as mais severas punições de Stalin.
Segunda Guerra Mundial
Por conta da invasão dos alemães — mesmo com um acordo de não agressão entre os países —, a URSS teve algumas derrotas no início da Segunda Guerra Mundial. A União Soviética não estava preparada para um confronto, principalmente porque Stalin havia exilado diversos comandantes importantes do Exército Vermelho.
Alguns historiadores relatam que muitos avisos foram dados ao ditador de que a Alemanha nazista invadiria a URSS ainda em 1941, mas ele ignorou todos os alertas. Dessa maneira, os alemães entraram em território soviético com facilidade.
O ataque alemão avançou por um tempo, mas perdeu força e a resistência soviética passou a combater frente a frente. Isso porque houve um aumento no número de soldados e a ampliação da capacidade industrial, que permitiu à URSS expulsar os soldados nazistas de seu território.
Em abril de 1945, os soviéticos invadiram Berlim a fim de derrubar o nazismo, o que de fato ocorreu depois de algumas semanas de confrontos. Stalin ordenou o ataque por vingança contra a destruição causadas pelos alemães.
Ao todo, mais de 2,5 milhões de soldados soviéticos atacaram a cidade de Berlim e derrotaram a Alemanha nazista. Depois disso, Stalin virou um herói nacional, com a sua popularidade aumentada e um culto ainda maior à sua personalidade.
Morte de Stalin
Josef Stalin morreu em 5 de março de 1953 em decorrência de um AVC (acidente vascular cerebral) sofrido poucos dias antes, em 1° de março. Há quem diga que a morte ocorreu por falta de socorro e cuidados médicos adequados nos dias que sucederam ao derrame.
Com a sua morte, outro líder tomou o poder na URSS, Nikita Kruschev. Ele foi responsável por acabar com o culto a Stalin, denunciando todos os crimes cometidos pelo ditador falecido durante o governo stalinista.
A denúncia formal aconteceu no XX Congresso do Partido Comunista, em 1953. Ela deveria ter sido particular, mas, por algum motivo, acabou sendo vazada. Esse episódio causou atrito no comunismo no mundo todo, já que um lado atacou Stalin enquanto o outro o defendeu.
Recapitulando, o stalinismo foi o período em que o ditador comunista Josef Stalin governou a União Soviética. O regime ficou conhecido pela industrialização pesada da Rússia e o combate à Alemanha nazista. Entretanto, também foi marcado pelo totalitarismo e o grande terror.
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