Literatura no Enem: 15 autores que mais caem no exame
Descubra a estrutura da prova e conheça um pouco sobre eles!
Diferente de outras provas, o Enem não tem lista de obras obrigatórias. Porém, isso não quer dizer que não cai Literatura no ENEM. Para se ter uma ideia, cada edição possui uma média de 10 questões de literatura – em 2013, por exemplo, tiveram 13 perguntas.
O que cai na prova de Literatura no Enem?
O Enem não vai te perguntar quais são os personagens principais de determinado livro consagrado. Nem vai querer saber se o tempo da obra era linear ou cronológico. O exame vai apresentar trechos e esperar que você faça uma análise crítica.
Vai pedir para você relacionar algum acontecimento e pode questionar por que o escritor usou determinado recurso – “o que ele queria dizer? ”. Portanto, não perca tempo com decorebas, dificilmente elas ajudarão.
Se você tiver tempo, o ideal é que você conheça pelo menos a principal obra dos autores citados, isso porque o Enem pode abordar desde a linguagem até o contexto em que determinado texto foi produzido. Se você der uma olhada nos principais poemas e textos, vai ter uma ideia do estilo de cada um.
A dica é você dominar as fases literárias e entender quem participa de cada movimento, dando foco sempre ao autor.
15 autores que mais aparecem na prova de Linguagens do Enem
Para ajudar você, fizemos um mapeamento e destacamos os autores que têm mais chances de cair novamente. Acompanhe!
1. Carlos Drummond de Andrade – 12 vezes
Sabe aquela frase “No meio do caminho tinha uma pedra”? Então, é dele mesmo. Drummond, um dos grandes modernistas brasileiros, é o autor mais citado pela prova.
O “Poema de Sete Faces” e “A Dança e a Alma” já marcaram presença no exame. Uma de suas principais característica era seu pessimismo e ironia diante dos acontecimentos da vida.
2. Machado de Assis – 7 vezes
Machado de Assis é um dos nossos escritores de maior prestígio. Ele fez parte do realismo e romantismo. Já aconteceu de cair perguntas no Enem sobre a obra “Memória Póstumas de Brás Cubas”.
Outro livro legal e importantíssimo de conhecer é “Dom Casmurro”, pois levanta uma boa discussão e conta muito com a interpretação do leitor.
3. Manuel Bandeira – 7 vezes
Manuel Bandeira é outro modernista brasileiro muito importante para a Literatura nacional. Foi professor de Literatura, então dominava muito a técnica da escrita – gostava muito de ser direto.
Um exemplo de poema associado à linguagem foi uma questão que abordou seu texto “Pra mim brincar”. Sofreu, durante muitos anos, com a tuberculose e transpareceu o medo de perder a vida em seus poemas.
4. Rubem Braga – 5 vezes
Escritor muito famoso por suas crônicas. Um texto recente seu que apareceu na prova foi “Às duas horas de domingo”.
Rubem Braga foi um cronista que deu vida aos seus textos, indo mais fundo que apenas em referências históricas. Tinha o costume de se expressar como um sujeito sozinho, de pouco e bons amigos.
5. Aluísio Azevedo – 4 vezes
Aluísio Azevedo é o grande nome do naturalismo brasileiro. O autor apresenta críticas fortes e pode acabar te chocando. Se você já leu “O Cortiço”, sabe muito bem disso.
O autor criticava a moral da sociedade brasileira e os nossos costumes. Alguns de seus temas recorrentes era a crítica à escravidão, preconceito racial e às formas de exploração. Outra obra de muito destaque sua é “O Mulato”.
6. Ferreira Gullar – 4 vezes
Ferreira Gullar foi um poeta brasileiro muito forte por seu posicionamento político. Em seus poemas, ele ressalta a importância da luta contra a opressão social. Além disso, é famoso por sua metalinguagem e o uso de palavras simples – fazia parte do neoconcretismo.
Durante o regime militar, sofreu exílio e produziu muitos textos. Um exemplo de poema que caiu no Enem foi o “Bicho urbano”.
7. Oswald de Andrade – 4 vezes
Oswald de Andrade foi um dos responsáveis por fundar o movimento modernista no Brasil. Sua linguagem era mais solta e oral, pois não agradava o autor ter que seguir um certo tom mais formal, como nos poemas anteriores.
Gostava muito de arte moderna e apresentou essa nova escola literária com seus parceiros na Semana de Arte Moderna de 22. Seu primeiro poema modernista se chama “Pau-Brasil”.
8. Luís Fernando Veríssimo – 3 vezes
Luís Fernando Veríssimo é famoso por suas crônicas bem-humoradas e descontraídas. No Enem, já apareceu um texto seu chamado “Aí, galera”, por exemplo.
O autor faz parte da literatura contemporânea e opta por uma linguagem mais simples, em que sua inteligência era visível. Quando escreve sobre temas sociais e políticos, acaba recorrendo ao uso da ironia e não perde a classe.
9. João Cabral de Melo Neto – 3 vezes
Como você já pôde reparar, o Enem adora os modernistas, não é mesmo? João Cabral de Melo Neto é mais um modernista de 3ª fase. Seus poemas possuíam muitas de suas vivências, reflexões sociais e sensações – João escrevia de forma mais racional.
No Enem, já apareceu sua obra “Morte e Vida Severina”, considerada a mais popular.
10. Guimarães Rosa – 3 vezes
Guimarães Rosa também era um modernista da 3ª fase. É muito famoso por sua característica regionalista e por usar uma linguagem coloquial. Um de seus textos abordados pelo o Enem foi o “Miguilim”. Costumava escrever principalmente sobre o sertão.
11. Monteiro Lobato – 3 vezes
Muito conhecido por suas obras infantis, Monteiro Lobato é um pré-modernista que possui muitas chances de cair no Enem. Sua escrita, apesar de trazer o leitor para a realidade, o faz pensar, imaginar e visualizar constantemente o que se passa.
No exame, já caiu o conto “Negrinha”. A partir desse texto, nota-se a crítica e ironia em que o autor abordava o tema escravidão.
12. Mário de Andrade – 3 vezes
Mário de Andrade foi um dos precursores no modernismo, assim como Oswald de Andrade. Também não o agradava fazer poesias de forma parnasianas. Por isso, suas obras são marcadas por uma linguagem livre, de forma coloquial. Alguns textos bastante conhecidos seus são: “Amar, verbo intransitivo” e “Macunaíma”.
13. Graciliano Ramos – 3 vezes
Autor da importante obra “Vidas Secas”, Graciliano Ramos foi um modernista da 2ª fase que retratou a vida dura e sofrida dos sertanejos. Em suas narrativas, você pode encontrar alguns traços do modo de falar mais simples, caracterizado por parte das pessoas que vivem na região.
É possível perceber, também, de forma leve, a crítica e a dificuldade de se residir principalmente no Nordeste.
14. Clarice Lispector – 2 vezes
Suas frases são bastante repercutidas e suas obras possuem uma profundidade peculiar. Clarice nasceu na Ucrânia e veio para o Brasil nos primeiros anos de vida. Autora modernista da 3ª fase, seus textos possuem uma carga de reflexão e sensação muito grande.
A cada nova leitura, você consegue perceber novas referências que estimulam cada vez mais a sua interpretação. No Enem, já apareceu com a obra “Laços de Família”. Outro conteúdo interessante é ler “A Hora da Estrela”.
15. Cecília Meireles – 2 vezes
Cecília Meireles é uma autora modernista da 2ª fase que possui influências do simbolismo e do romantismo. Não vê problemas em usar estruturas tradicionais, como os sonetos, por exemplo.
Seus textos possuem ritmo e falam sobre amor e morte. No Enem, já apareceu seu poema “Cântico VI”, onde a autora retrata o medo da morte e a eternidade.
Outros autores que também apareceram nas edições do Enem
- Luís de Camões
- Mário Quintana
- Millôr Fernandes
- Castro Alves
- Érico Veríssimo
- José de Alencar
- Cruz e Souza
- Pero Vaz de Caminha
- Martha Medeiros
- Jorge Amado
- Lima Barreto
- Rubem Fonseca
- Manoel de Barros
- Augusto dos Anjos
- Gregório de Matos
- Olavo Bilac
- Joaquim Manoel de Macedo
- Adélia Prado
- Álvares de Azevedo
- Mário Chamie
- Murilo Mendes
- Eugênio Andrade
- Marina Colassanti
- Nelson Rodrigues
- Moacyr Scliar
- Danton Jobin
- Gonçalves Dias
- Claudio Manoel da Costa
- Osman Lins
- Antônio Carlos Secchin
- Gilka Machado
- João do Rio
- Sônia Queiroz
- Silvio Castro
- Plínio Marcos
- Jorge de Lima
- Nuno Júdice
- Cyro Martins
- Luís Carlos Martins Pena
- Affonso Ávila
- Raul Pompeia
- José Paulo Paes
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