Op Art: o que é, obras e artistas!
Neste artigo, vamos trazer mais um conhecimento importante sobre artes para você que está se preparando para o vestibular. Tenha em mente que, além das matérias tradicionais, como matemática, português ou física, o entendimento sobre conceitos artísticos também é essencial para as provas que se aproximam.
Porém, o campo da artes é muito abrangente, não é mesmo? Hoje, vamos detalhar especificamente a Arte Óptica, conhecida apenas pela abreviação Op Art. Já ouviu falar desse assunto? Aqui, você conhecerá a importância dessa corrente para o mundo e para o vestibular, os principais artistas e obras e também algumas curiosidades.
Vamos lá?
O que é Op Art?
Arte Óptica ou somente Op Art é um movimento artístico em que as obras são baseadas na ilusão de ótica. O termo foi usado pela primeira vez pelo artista Donald Judd ao se referir à exposição “Pinturas Ópticas”, de Julian Stanczak. Esse tipo de obra é conhecido, em inglês, como Optical Art (de onde vem a contração “Op Art”).
Ilusão de ótica é quando o seu olho consegue ver imagens diferentes em uma mesma obra, dependendo do ângulo. Você, com certeza, deve estar lembrando as obras de ilusão de ótica mais conhecidas que deve ter visto no decorrer da sua vida. Elas são muito comuns. A Op Art usa essa estratégia para criar movimento nas obras. São muito comuns grafismos e estampas que parecem mudar de posição conforme a troca de ângulo.
Origem do termo Op Art
O termo Op Art surgiu há mais de 50 anos, em 1964, nos Estados Unidos, em uma publicação da Revista Time. Um ano depois, em 1965, houve a primeira grande mostra das obras que usaram a ilusão de ótica. Essa exibição foi realizada no Museu de Arte Moderna (Moma), em Nova Iorque, e se chamava The Responsible Eye (“O Olho que Responde”).
O fundamento da Op Art está na frase “menos expressão e mais visualização”. Ou seja, espera-se que os artistas apresentem, por meio de não muitos traços, infinitas possibilidades aos que observam os quadros.
Op Art: características
A Op Art se baseia, principalmente, no Expressionismo. A característica primordial da Op Art é a de trazer o observador para dentro do quadro. Quantas vezes não observamos uma dessas obras e nos sentimos como se fizéssemos realmente parte do movimento? Por meio dos olhos, trazemos o movimento do quadro para a vida real.
Outras características da Op Art são:
- tridimensionalidade;
- efeitos óticos e visuais;
- movimento e contraste de cores;
- tons vibrantes, com destaque para o preto e o branco;
- formas geométricas e linhas;
- estilo abstrato.
Op Art: principais artistas e obras
Vamos apresentar, a seguir, os artistas mais conhecidos de Op Art. Para começar, a principal referência é Bridget Riley, nascida em 1931, em Londres. Inspirada em Vasarely, pintou uma série de quadros com linhas pretas e brancas, dando ênfase à característica do contraste. Os quadros ficaram famosos pela expressão de movimento e cor. Mais tarde, a artista também produziu trabalhos coloridos, porém, menos conhecidos.
Outros artistas de Op Art
1. Victor Vasarely (1908-1997): húngaro, conhecido como o pai da Op Art. Foi influenciado pela arte cinética e pelo movimento de Bauhaus. Sua obra principal é Zebra (1938).
2. Alexander Calder (1898-1976): conhecido pelo nome de Sandy Calder. É famoso pela associação de formas geométricas ao movimento do ar. Suas obras mais representativas são: Sem título (1931), Cone de Ébano (1933) e A Espiral (1958).
3. Luiz Sacilotto (1924-2003): principal representante da Op Art e da Arte Concreta no Brasil. Suas obras principais são: Estruturação com Elementos Iguais (1953) e Concreção 7553 (1975).
4. Adolph Frederick Reinhardt (1913-1967): estadunidense, conhecido como Ad Reinhardt. Foi um dos artistas que mais se aproximou do expressionismo abstrato, da arte minimalista e conceitual. Famoso pelas suas pinturas negras de 1960.
5. Jesús-Raphael Soto (1923-2005): venezuelano, famoso pelas obras conhecidas como penetráveis, ou seja, pela forma como a obra interagia com o público. Destacam-se os seus trabalhos Estrutura cinética (1957), Volume Suspendido (1967) e Paralelas vibrantes (1969).
6. Kenneth Noland (1924-2010): ligado ao expressionismo abstrato, seu estilo era conhecido como “Color Field”.
7. Richard Allen (1933-1999): britânico, explorou a arte cinética, o minimalismo e o abstrato. Das obras da Op Art, destacam-se os “Estudos para pinturas de Op de preto e branco” (1963-1972).
Op Art no Brasil
A arte óptica não é um movimento com muitos adeptos brasileiros. O artista Luiz Sacilotto (1924-2003) foi um dos precursores da Op Art no Brasil e seu principal representante. Além dele, pode-se citar também Ubi Bava, Israel Pedrosa, Almir Mavignier e Maurício Nogueira Lima, mas estes são menos conhecidos do público.
Curiosidades sobre a Op Art
Agora que você já entendeu as bases do assunto, conheça 4 curiosidades da Op Art:
- Ao longo do tempo, a Arte Óptica perdeu impacto, apesar dos grandes artistas expoentes. Ficou conhecida como uma arte que se aproxima mais da ciência do que propriamente do homem;
- Riley Bridget, uma das maiores artistas da Op Art, costumava fazer esboços em papéis quadriculados antes de finalizar as suas obras;
- Para Jesús Soto, a Op Art tem o objetivo de libertar a arte dos conceitos figurativos tradicionais;
- Um dos pioneiros da Op Art, Victor Vasarely, chegou até mesmo a produzir peças de tapeçaria com elementos da Op Art.
E então, gostou de conhecer um pouco mais sobre a Arte Óptica ou Op Art? Apesar de não ser muito conhecida e divulgada no Brasil, o conhecimento sobre as obras dessa corrente são importantes para você que está estudando para o vestibular e, é claro, a nível de conhecimento geral.
Leia e releia o artigo e procure as obras principais citadas para conhecer um pouco mais sobre cada artista. Tente se conectar com as imagens e perceber, além da ciência aplicada, o movimento de cada peça.
Agora, aproveite a leitura e acesse as nossas aulas sobre artes para aprender ainda mais sobre essa matéria e mandar bem no Enem e nos vestibulares!