Química: O guia completo!

Confira este guia supercompleto de Química que o Stoodi preparou para você estudar e ter a certeza de mandar muito bem na prova do Enem!

Química: O guia completo!

Química: veja o guia completo do Stoodi!

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Não saco nada de Física, Literatura ou Gramática, mas eu odeio Química”. Você já ouviu aquela velha música do Legião Urbana? Bom, certeza que ela foi inspirada em muita gente! A verdade é que essa matéria é um pesadelo para muitos estudantes, que ficam confusos em meio as tais das ligações químicas, os átomos, as moléculas e tudo que envolve o assunto.

A boa notícia? com dedicação, disciplina e a ajudinha do Stoodi, você pode retirar todas as suas dúvidas, aprender e relembrar tudo sobre química! Comece do princípio, para entender desde o básico e chegar até os assuntos mais complexos sobre essa ciência.

Depois de assistir nossas videoaulas, fazer os exercícios propostos e consultar todo o material de apoio disponível, você vai estar afiado para encarar a química do Enem e conseguir uma excelente nota na prova de Ciência das Naturezas e suas tecnologias.

Acompanhe este guia completo e incrível por todos os assuntos importantes da química, e ela nunca mais vai causar calafrios em você. Boa leitura!

O que é química?

Química é uma ciência tão variada quanto fabulosa, que estuda tudo o que existe, no sentido mais material mesmo. Ela estuda a matéria, analisando suas propriedades, verificando como é constituída e procurando conhecer as energias envolvidas nas interações matéria-matéria.

Tudo o que existe no universo, esteja vivo ou morto, seja conhecido ou ainda desconhecido, não escapa ao alcance da química. Porque sempre que um novo elemento é descoberto, ele é incluído na Tabela Periódica e suas propriedades são estudadas.

Por mais que você ache que a química é algo distante, que só diz respeito a quem anda de jaleco com tubo de ensaio na mão, cheio de líquidos coloridos soltando uma fumacinha, ela é muito mais que isso.

Química é uma ciência é de extrema importância para praticamente tudo na nossa vida, e tem papel fundamental em vários ramos das diferentes ciências, além de impactar a profundamente a tecnologia.

Quer entender melhor? Veja alguns exemplos:

  • as baterias dos smartphones têm como matéria-prima básica o Lítio;
  • a resistência do chuveiro que permite que você tome aquele banho quentinho é feita de uma liga chamada de Nicromo (composta por Níquel, Cromo e Ferro);
  • as placas eletrônicas que estão dentro do videogame, da televisão, do celular e de inúmeros dispositivos são cheias de “trilhas” que fazem ligações entre os componentes e são feitas de cobre.

Sem entender esses elementos e conhecer sua densidade, condutividade térmica e elétrica, além de outros aspectos, seria impossível que a gente tivesse tanta inovação.

História da química

A química é tão antiga, mas tão antiga, que você não vai conseguir pensar na história do homem sem ligar isso a vários fenômenos químicos. Para ter uma ideia, tudo começou ainda na descoberta do fogo.

Como ele permitia, entre outras coisas, alterar a estrutura dos alimentos (isso mesmo, cozinhar comida), ajudava na sobrevivência, pois conservava melhor os peixes e carnes e reduzia a quantidade de microrganismos patogênicos, diminuindo a mortalidade.

Um outro processo que remonta de muito tempo atrás é a metalurgia, que é uma transformação, portanto, algo químico. Ela começou quando se descobriu o cobre e ajudou a forjar ligas de metais.

E isso acompanhou toda a história do homem, já que começou na obtenção de ferro, forjado em altas temperaturas e depois passou por uma modernização lenta até chegar ao ponto de obter aço fundido. Para dar uma ideia da importância dessa contribuição da química, chegar ao aço foi um ponto fundamental para passarmos pela Revolução Industrial.

A cerâmica também faz parte da nossa história, pois foi pela mudança das propriedades da argila (aquecendo-a para que endurecesse) que os recipientes foram criados. Isso foi o começo da história que, depois, permitiu obter vidro (a partir de quartzo, carbonato de sódio ou potássio).

A ciência química

Até então, a gente estava falando da química que veio junto com nossa evolução, certo? Mas, e a química como ciência? Ela também tem um percurso.

Você lembra dos alquimistas? Isso, aqueles caras que procuravam o segredo da eterna juventude ou a fórmula para transformar barro em ouro (o que era chamado de pedra filosofal). Eles certamente foram os primeiros químicos.

As pessoas daquela época estavam nos primórdios da descoberta da ciência química. Imagine só que a primeira “tabela periódica” tinha quatro elementos: ar, terra, água e fogo. Aristóteles, o filósofo grego, acreditava que eles formavam todas as substâncias que existem.

Enfim, o caso é que a alquimia era investigativa, e foi desenvolvendo processos e métodos que permitiam separar elementos químicos. Aí a ciência surgia de forma experimental.

Depois, lá pelos séculos XVI e XVII, os gases e seu comportamento começaram a ser estudados e foram sendo criadas técnicas de medição. Finalmente, por volta do século XVIII, foi que a química adquiriu as características que a tornavam, de fato uma ciência, com medições cuidadosas e estudo de fenômenos como a combustão, devido às descobertas de Lavoisier sobre o oxigênio e a conservação da massa.

Quem inventou a química?

Diante do que explicamos, você pode perceber que a química não é uma invenção. Pois é, infelizmente não há alguém para xingar. E mais: sem ela, a gente dificilmente teria saído das cavernas e, como já foi exemplificado, você não poderia contar com as benesses da tecnologia.

Mas podemos citar alguns nomes que contribuíram para a evolução da ciência, como:

  • Leucipo, filósofo grego de quem Demócrito era discipulo: eles apresentaram e aperfeiçoaram a primeira teoria atômica da matéria;
  • John Dalton, professor inglês que resgatou esse conceito e o adaptou às descobertas da sua época;
  • Joseph Proust, cientista francês que sugeriu que toda substância tinha uma formação semelhante, com composição proporcional.

Experiências químicas

As experiências químicas são formas de comprovar o que os livros trazem. Quando você segue receitas e confirma o que viu na sala de aula, sente a ciência mais perto. Quer exemplos simples de experiências químicas que você pode fazer em casa, em segurança? Confira!

Indicador de pH com suco de repolho roxo

Você lembra de quando aprendeu como o pH indica o teor de acidez de uma solução, certo? Quanto mais alto ele for, mais alcalina é a solução testada. E, no sentido contrário, pHs baixos indicam meios ácidos.

O repolho roxo é rico em antocianinas, que serve como indicador de pH porque mudam de cor conforme o meio: se for ácido, elas têm tonalidade avermelhada. Mas, se forem inseridas em um meio alcalino, as antocianinas são destruídas, e o resultado é uma coloração amarelada.

O primeiro passo para a experiência é picar repolho e colocar para ferver em uma panela com água, até que tudo fique com um tom arroxeado.

Em copinhos separados, coloque um pouco de:

  • sumo de limão misturado com água;
  • vinagre;
  • água;
  • álcool;
  • bicarbonato de sódio misturado com água;
  • água sanitária.

Note que são líquidos que vão do pH mais ácido — suco de limão (2), vinagre (3), água (7) — ao mais alcalino ou básico — álcool (cerca de 8), bicarbonato (11), água sanitária (12).

Adicione um pouco de suco de repolho a cada copinho e fique observando as mudanças de cor. Você vai confirmar as alterações que mencionamos, graças às reações sofridas pelas antocianinas.

Esse é apenas um exemplo, mas existem inúmeras experiências mais ou menos complexas que comprovam os conceitos químicos que você encontra nos livros. E é muito legal coloca-los em prática!

Fórmulas químicas

A base da química é o estudo da composição da matéria, em nível molecular. E é essencial que sejam usadas algumas expressões que indiquem a quantidade de cada elemento em uma substância. É para isso que existem as fórmulas químicas.

Elas são exatamente isto: símbolos dos elementos que existem em cada substância estudada e a as respectivas quantidades deles. Assim, as fórmulas químicas podem ser de diferentes tipos. Conheça-os.

Moleculares

Representam simplesmente os átomos (pelo símbolo químico) e conta a quantidade de cada um, como em:

  • H2O — dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio que, juntos, compõem a água;
  • CO2 — um átomo de carbono e dois de oxigênio, que se ligam para formar o gás carbônico.

Eletrônica

A fórmula eletrônica também é chamada de fórmula de Lewis e mostra os elementos que constituem a substância e aponta os elétrons que estão na camada de valência de cada átomo, assim como os pares eletrônicos que eles formam.

Quer ver como ficam as mesmas substâncias exemplificadas antes? Confira:

  • H• •O• •H — simbolizando a água. Veja que o hidrogênio tem um único elétron na camada de valência, enquanto o oxigênio tem dois;
  • :Ö: :C: :Ö: — simbolizando o gás carbônico. Aqui, o oxigênio tem seis elétrons na camada de valência, enquanto o carbono tem quatro.

Estrutural plana

Essa fórmula, também conhecida como fórmula estrutural de Couper, mostra como é a ligação entre os elementos. Os pares de elétrons, em vez de serem representado por pontinhos, passam a ser demonstrados com um traço.

Enquanto as ligações simples são representadas por um traço único, as duplas pedem dois traços paralelos (parecido com um símbolo de igual) e as triplas, com três. Veja:

  • H – O – H — fórmula estrutural plana da água;
  • O = C = O — fórmula estrutural plana do gás carbônico;
  • N ≡ N — fórmula estrutural plana do nitrogênio.

Mas por que chamar essa fórmula de ‘plana’?”, talvez você pergunte. É que as ligações entre os átomos não acontecem assim, de forma “retinha”.

Há forças de repulsão e atração entre cada átomo, causadas pelos pares de elétrons. Como você já sabe, cargas elétricas semelhantes se repelem, enquanto as opostas se atraem, certo? Assim, essas forças empurram as ligações e formam ângulos entre os átomos que são bem diferentes dos 180o expressos na fórmula estrutural plana.

Química: ensino médio

No ensino médio, o estudo da química está bem distribuído entre os três anos de estudo. No primeiro, você aprende sobre ligações químicas, estrutura atômica, funções inorgânicas e reações químicas, entre outros temas.

No segundo, é hora de conhecer os cálculos químicos, as pilhas, a termoquímica e o equilíbrio das reações, enquanto no terceiro ano, você estuda os conteúdos relacionados à química orgânica e suas funções.

Quer relembrar alguns desses tópicos? Confira!

Ligações químicas

As ligações químicas são interligações que acontecem entre os átomos para formar moléculas. Dependendo do tipo de átomo e de sua distribuição eletrônica, o tipo de ligação pode ser diferente.

Para entender essas ligações, antes, você tem que conhecer a Teoria do Octeto, criada pelo químico americano Gilbert Lewis (sim, o mesmo citado na fórmula eletrônica) e pelo físico alemão Walter Kossel.

Eles observaram que os gases nobres têm muita estabilidade e que, neles, havia oito elétrons na camada de valência. A dedução mais direta foi de que os átomos com essa mesma característica adquirem estabilidade. A exceção é quando eles têm apenas 2 elétrons ou uma única camada. E assim, os átomos doam ou recebem elétrons para conseguirem se manter estáveis.

Entendido? Então, vamos aos tipos de ligações!

Ligação Iônica

Ela acontece entre íons — átomos que perderam ou ganharam elétrons, chamados respectivamente de cátions e ânions — daí o nome. Também pode ser chamada de ligação eletrovalente.

Portanto, quando um cátion e um ânion se encontram, eles formam um composto iônico graças à ligação eletrostática causada por suas cargas.

Quer alguns exemplos:

  • Na+ e Cl se unem formando o NaCl, que é o Cloreto de sódio, sal utilizado na cozinha da sua casa;
  • Na+ e NO3, cuja união forma o NaNO3, Nitrato de Sódio;
  • 2Na+ e SO42-, formadores do Na2SO4, Sulfato de Sódio.

Os compostos iônicos têm características típicas, como:

  • são sólidos nas condições normais de temperatura (25oC) e pressão (1atm);
  • são duros e quebradiços;
  • têm altos pontos de fusão e ebulição;
  • conduzem corrente elétrica quando em soluções aquosas;
  • geralmente dissolvem em água por serem polares.

Ligação Covalente

Também pode ser chamada de ligação molecular. Aqui, em vez de “doar” e “receber” elétrons, os átomos compartilham pares deles para adquirir estabilidade, formando moléculas. São exemplos de compostos covalentes:

  • H — O — H, que é a água;
  • O = C = O, que é o gás carbônico;
  • H — Cl, que é o cloreto de hidrogênio.

Veja algumas das características típicas dos compostos covalentes:

  • podem ser polares ou apolares, dependendo da diferença de eletronegatividade dos átomos que compõem a molécula;
  • têm ponto de fusão e ebulição mais baixos que os compostos iônicos, pois suas moléculas têm baixa atração;
  • na sua forma pura não conduzem corrente elétrica, tornando-se isolantes;
  • têm solubilidade variada conforme sua polaridade, já que “semelhante dissolve semelhante”.

Ligação Covalente Dativa

Mesmo com nome parecido, ela é diferente da ligação covalente de que falamos agora. Seu outro nome é ligação coordenada, e ela acontece quando um dos átomos já tem estabilidade, ou seja, já conta com oito elétrons na última camada. Então, ele se une a um outro, que precisa de dois elétrons para se estabilizar e compartilha um par sem mudar sua camada de valência.

É o caso dos exemplos abaixo:

  • O = S → O que é a fórmula do dióxido de enxofre. Com a ligação dupla, um átomo de enxofre pode se unir a um de oxigênio e ambos ficam estáveis. Mas, para formar o SO2, um segundo átomo de oxigênio aproveita um par de elétrons do enxofre por meio de uma ligação covalente dativa;
  • O = O → O que é a fórmula do Ozônio (O3).

As características desses compostos são semelhantes às dos formados por meio de ligações covalentes.

Ligação metálica

É a ligação que acontece entre os metais. Alguns deles perdem elétrons livres da sua última camada. Essas partículas formam uma nuvem eletrônica (ou um mar de elétrons) cuja força provoca a união dos átomos de metal.

Em geral, os metais são sólidos em temperatura ambiente, eletropositivos e, assim, bons condutores de calor e energia.

Elementos químicos

Os elementos químicos, como você já notou na nossa conversa, são os constituintes mais básicos das substâncias. Eles são, na prática, um conjunto de átomos que têm o mesmo número atômico.

Quando falamos em número atômico, normalmente identificado pela letra Z, estamos nos referindo à quantidade de prótons (partículas com carga positiva) que existem no núcleo desse elemento.

Ou seja, vários átomos de número atômico 1 formam o elemento químico hidrogênio. Átomos de número atômico 2 compõem o elemento químico hélio e assim por diante.

Atualmente, já foram identificados 118 elementos químicos diferentes que estão expressos na tabela periódica, em ordem crescente de número atômico. Há também a massa atômica.

A diferença básica entre substâncias e elementos químicos é a possibilidade decompô-los. Se, por exemplo, você decompõe a água por meio de um processo de eletrólise (que é a passagem de corrente elétrica), obtém hidrogênio e oxigênio. Agora, eles são elementos químicos e não há como decompor nenhum dos dois em outro elemento menor.

Reação química

Outro assunto que você vê em química no ensino médio — e que dá dor de cabeça em muita gente! — são as reações químicas. Elas podem ser orgânicas ou inorgânicas. Elas acontecem quando uma substância interage com outra e ambas rearranjam seus átomos formando novas substâncias.

Pode ser, inclusive, que apenas uma substância participe da reação e modifique sua estrutura pela presença de aquecimento, pressão ou outras substâncias. Para entender bem esse assunto, revise o conteúdo sobre as características dos compostos orgânicos.

É importante também saber os tipos de reações que podem ocorrer, como a combustão (quando os produtos são apenas CO2 e água em vapor), substituição, sabonificação, adição, eliminação, oxidação, reação de álcoois, entre outras.

As substâncias iniciais presentes na reação são chamadas de reagentes. Já aquelas que são obtidas como resultado da reação são chamadas de produtos. A estrutura que expressa uma reação química é:

REAGENTES → PRODUTOS

Por exemplo, um palito de fósforo é aceso e colocado em contato com álcool etílico. Quando o álcool começa a queimar, está se iniciando uma reação que inclui também o oxigênio presente no ar.

Como produto dessa reação, surgem o dióxido de carbono e a água. A reação é a seguinte (levando em conta o nome das substâncias e não as fórmulas):

ETANOL + OXIGÊNIO GASOSO → DIÓXIDO DE CARBONO + ÁGUA

Agora, a expressão química dessa reação é a seguinte:

C2H5OH(l) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(v)

Ou seja, o álcool etílico líquido reage com o oxigênio gasoso do ar, formando dióxido de carbono gasoso e vapor de água. O estado das substâncias reagentes e dos produtos é dado pela letrinha que vem entre parênteses, depois da sua fórmula química.

Para você ir bem mesmo no Enem, desenvolva a habilidade de conseguir identificar a molécula de uma reação só de olhar para sua estrutura ou compoisção. Fique fera nisso com o resumo de biomoléculas.

Equilíbrio químico

O equilíbrio químico é um resultado das reações químicas. Algumas delas acontecem, por assim dizer, em forma de “ida e volta”. Ou seja, os reagentes resultam em produtos que também reagem entre si, voltando a formar reagentes.

Na prática, é como se funcionasse assim:

A + B → C + D

C + D → A + B

Ou ainda:

A + B ⇋ C + D

Cada uma dessas reações (a de ida e a de volta) acontece em uma velocidade. Quando a reação direta acontece na mesma velocidade da reação inversa, temos o equilíbrio químico.

Quando esse estado é atingido, as concentrações (quantidades) de reagentes e produtos permanece igual com o decorrer do tempo, pois na mesma rapidez com que a reação de ida está acontecendo, a de volta está revertendo-a. Isso é chamado de equilíbrio dinâmico, e só acontece quando a reação ocorre em recipiente fechado e com temperatura constante.

O equilíbrio químico pode ser classificado em:

  • homogêneo: quando todos os participantes (reagentes e produtos) estão no mesmo estado físico (sólido, líquido, aquoso ou gasoso);
  • heterogêneo: quando os participantes estão em diferentes estados físicos.

Mas ainda há bastante assunto para ver a respeito de equilíbrio químico, ok? Esse é um tema amplo, que inclui conhecimentos sobre:

constante de equilíbrio químico;

  • grau de equilíbrio;
  • espontaneidade de uma reação;
  • princípio de Le Chatelier;
  • efeito da pressão, temperatura, concentração e catalisador sobre o equilíbrio químico.

Confira tudo o que você tem que revisar a respeito desse assunto para se sair bem no Enem!

Balanceamento químico

As reações químicas ainda exigem outro conhecimento — você precisa aprender a balanceá-las! Esse aprendizado da química no ensino médio é meramente matemático, mas fundamental para aprender mais sobre essa ciência.

Balancear equações é calcular quanto de cada reagente você precisa e qual a proporção de produtos obtidas. Para fazer isso, você precisa conhecer:

  • a Lei da Conservação da Massa, que diz que a soma da massa dos reagentes deve ser sempre igual à soma da massa dos produtos;
  • a Lei das Proporções Definidas, que mostra que a quantidade de produtos é proporcional à quantidade de reagentes em uma reação química;
  • a proporção atômica, que leva em conta a quantidade de moléculas de cada substância para ajustar os coeficientes da equação.

Você pode balancear equações por quatro métodos diferentes:

  • método das tentativas: que coloca números aleatórios nos coeficientes e vai alterando para equilibrar as quantidades. Pode ser bem trabalhoso, especialmente em equações mais complexas;
  • método algébrico: aqui, você identifica os coeficientes e o multiplica pela atomicidade de cada elemento, criando um sistema de equações para achar a quantidade exata de cada substância;
  • método redox: que se baseia nas mudanças no número de oxidação dos átomos, igualando o total de elétrons cedidos com o de ganhos;
  • método íon-elétron: é preciso dividir a equação em partes menores, acrescentando o número de elétrons de cada reagente. Tem algumas semelhanças com o método redox.

Uma sugestão é fazer bastante exercícios e identificar o método que você acha mais prático e fácil, para aplicá-lo na prova do ENEM.

Nomenclatura química

Química

Por fim, outro assunto importante na química do ensino médio é a nomenclatura. Você não pode chamar essa substância de “pozinho amarelo” nem a outra de “líquido fedido”. Falando sério, imagina como seria uma bagunça se, no mundo inteiro, cada país resolvesse batizar compostos químicos como achasse melhor? Complicado!

Assim, a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) estabeleceu regras para escrever o nome dos compostos químicos, e você precisa aprendê-las também! São mais de 19 milhões de substâncias e seria impossível decorar todos os nomes.

Assim, a IUPAC criou procedimentos para nomear compostos baseados em suas estruturas e propriedades. Primeiro, é preciso diferenciar os tipos entre:

  • inorgânicos: sais, bases, sais e óxidos;
  • orgânicos: hidrocarbonetos, álcoois, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres, éteres, aminas e amidas.

Assim, cada um deles tem uma regrinha diferente, veja exemplos!

Ácidos

Podem ser hidrácidos ou oxiácidos, dependendo da presença de oxigênio. Os hidrácidos seguem o padrão “ÁCIDO + (nome do ânion) + ÍDRICO. Já os oxiácidos dependem do número de oxidação do elemento central. Os nomes podem ser:

  • ÁCIDO PER + elemento + ICO — para elementos com NOX +7;
  • ÁCIDO + elemento + ICO — para elementos com NOX +5 ou +6;
  • ÁCIDO + elemento + OSO — para elementos com NOX +3 ou +4;
  • ÁCIDO HIPO + elemento + OSO — para elementos com NOX +1 ou +2.

Bases

Talvez seja a mais fácil das nomenclaturas, pois tem apenas uma regra geral, que é “HIDRÓXIDO DE + elemento”. São exemplos o Hidróxido de Cálcio — Ca(OH)2 — o Hidróxido de Alumínio — Al(OH)3 — e o Hidróxido de Zinco — Zn(OH)2.

Hidrocarbonetos

Os compostos orgânicos formados somente por Hidrogênio e Carbono são chamados hidrocarbonetos e sua nomenclatura e classificação se difere de acordo com os seguintes elementos:

  • a quantidade de carbonos (metil, etil, butil etc.);
  • o tipo de ligação química (saturada, insaturada dupla ou tripla);
  • a presença de cadeias cíclicas etc.

Há muito que revisar aqui, viu? Só para ajudar a refrescar sua memória:

  • álcoois têm a terminação OL (etanol, butanol, propanol etc.);
  • aldeídos têm a terminação AL (metanal, butanal);
  • ácidos têm a terminação ÓICO (ácido propanoico);
  • cetonas têm a terminação ONA (butanona);
  • éteres têm o termo OXI entre os grupos maiores e menores ligados ao oxigênio (metóxi-metano);
  • ésteres têm as terminações ATO e ILA, identificando as cadeias maiores e menores ligadas ao grupamento — CO — (etanoato de etila).

Lembre-se de dar uma atenção especial para as funções oxigenadas e nitrogenadas, ok?

Como aprender química

Para aprender esse universo incrível e complexo que a química traz, é preciso contar com toda ajuda possível! Desde filmes (a gente tem uma lista com 20 grandes dicas!) até livros, exercícios e videoaulas. Confira algumas sugestões do Stoodi para você!

Livros de química

Alguns dos principais livros adotados no ensino médio e famosos entre estudantes que precisam aprender tudo sobre química são:

  • Química — a coleção de três volumes de Martha Reis;
  • Química — outra coleção, mas de Ricardo Feltre;
  • Química na abordagem do cotidiano — de Tito e Canto;
  • Química — um volume único para todo o ensino médio, de Antônio Sardella;
  • Curso de Química — coleção em três volumes de Ronaldo Henriques da Silva.

Prova de química

No Enem, especialmente falando, a química está dentro da prova de Ciências da Natureza e suas tecnologias. Para aprender bem, vale a pena buscar edições anteriores do exame para resolver questões e entender o estilo e os assuntos abordados na prova.

Exercícios de química

Mas, como em tudo na vida, só a prática conduz à perfeição, concorda? Portanto, nada de economizar nos exercícios! Confira a página cheia de exercícios que o Stoodi preparou para você!

Aulas de Química Online

E, se aprender sozinho não é seu forte, não tem problema. Você também pode acessar nossas aulas online e contar com orientação profissional.

Química no ENEM

Agora, quem quer aprender, precisa saber o que estudar. Você já sabe o que mais cai no ENEM em Ciências da Natureza? Isso é fundamental para direcionar o foco para os temas mais importantes. Não quer dizer que o restante deve ser ignorado, ok? Apenas significa que esses pontos precisam de reforço constante.

Portanto, dê uma boa olhada nos assuntos a seguir e fique afiado para o exame!

Estudo de moléculas

Quanto ao estudo de moléculas, o que costuma cair bastante no Enem é a geometria molecular. As tais moléculas biatômicas, poliatômicas ou lineares. Além disso, fique de olho em:

Química orgânica

O pesadelo de muitos é o paraíso de outros. Acredite: há que ame de paixão a tal química orgânica. Mas isso não tem segredo! Quando você conhece bem um assunto, gosta dele. Portanto, o negócio é estudar tudo sobre química orgânica, incluindo:

  • nomenclatura de compostos orgânicos;
  • funções orgânicas;
  • tipos de isomeria;
  • fosfoetanolamina — o composto da pílula do câncer etc.

Reações inorgânicas

Mas nem só de química orgânica vive o Enem. Exercitar as reações inorgânicas também é uma estratégia inteligente. Portanto, fique de olho nos principais tipos:

Soluções – Concentrações

Para ajudar a lembrar, as soluções são misturas que envolvem um soluto (que está disperso em menor quantidade) e um solvente (que é o dispersante, em maior quantidade). Elas podem ser sólidas, líquidas ou gasosas e, dependendo da quantidade de soluto, também são classificadas em saturadas, insaturadas ou supersaturadas. Por isso, envolvem cálculos que incluem sua concentração.

Revisar as soluções para o ENEM tem que fazer parte do seu plano de estudos. O conteúdo inclui:

  • cálculos de concentração, densidade de título;
  • concentração molar;
  • fração molar;
  • molalidade;
  • partes por milhão (PPM);
  • misturas de soluções com e sem reação química;
  • titulação.

Cálculos estequiométricos

O cálculo estequiométrico é tema frequente do ENEM. Ele diz respeito a um assunto que a gente comentou: o balanceamento químico. Para exercitar e dominar o assunto, você precisa dar uma olhada cuidadosa em:

  • balanceamento de equações;
  • leis ponderais;
  • reagentes limitantes ou em excesso;
  • grau de pureza;
  • rendimento de reações.

Eletroquímica

Esse é um ramo da físico-química que estuda fenômenos de transformação de energia química em elétrica e vice-versa. Isso acontece quando há transferência de elétrons, e é esse processo a base para o funcionamento das pilhas e baterias.

As tais pilhas eletroquímicas estavam no seu programa de estudo? Então, anote aí o que você precisa revisar a respeito do assunto:

conceitos gerais sobre eletroquímica;

  • pilhas;
  • potencial de redução;
  • notação de pilhas;
  • espontaneidade de reação;
  • eletrólise.

Termoquímica

Também envolvendo as reações químicas, outro assunto importante é a termoquímica. Ela estuda as mudanças de estado que envolvem troca de calor e que podem ser:

  • endotérmicas, em que os reagentes absorvem calor para formação dos produtos;
  • exotérmicas, em que os reagentes liberam calor para formação dos produtos.

Aqui, alguns conceitos são importantes e estão intimamente ligados ao assunto, portanto, estude e exercite os temas a seguir:

  • entalpia de formação;
  • entalpia de combustão;
  • Lei de Hess;
  • entalpia de ligação;
  • quebra do ATP;
  • energia de Gibbs;
  • espontaneidade da reação.

Poluição ambiental

Você já notou que o Enem sempre procura discussões e assuntos ligados ao social e tudo que acontece no país? Geralmente, a questão ambiental está incluída em suas questões. A camada de ozônio é figurinha carimbada na prova! Quer outro exemplo: combustíveis ecologicamente amigáveis, como o biodiesel.

Então, confira tópicos interessantes para se manter afiado para o ENEM:

  • poluição atmosférica;
  • inversão térmica;
  • efeito estufa;
  • smog fotoquímico e ozônio troposférico;
  • chuvas ácidas.

Radioatividade

A radioatividade é um conceito que está intimamente ligado à química e sempre pode ser objeto de novas questões na prova do Enem. Ela diz respeito à capacidade que alguns elementos têm de emitir energia sob a forma de partículas ou radiação eletromagnética.

Isso acontece por causa da existência de um núcleo instável, que emite ondas para tentar atingir estabilidade. Aqui, você precisa entender o conceito de isotopia, pois a radiatividade tem relação direta com o núcleo atômico.

Anote aí no caderninho assuntos importantes a respeito da radioatividade que você precisa rever antes da prova:

  • leis da radioatividade;
  • período de meia-vida;
  • transmutação nuclear;
  • fissão nuclear;
  • fusão nuclear;
  • datação Carbono-14.

Engenharia química

Se você é muito apaixonado por química e quer ser um engenheiro químico, vale a pena se informar mais sobre o curso e o que o espera. Isso porque a faculdade de engenharia química é diferente do curso de química pura, seja bacharelado ou licenciatura.

O engenheiro químico geralmente trabalha com processos industriais que exigem transformações físico-químicas, criando técnicas de extração de matéria-prima ou transformando produtos químicos e petroquímicos.

Isso o difere do bacharel, que trabalha basicamente em laboratórios, fazendo análises químicas. Por isso, o curso de química foca na ciência pura, enquanto a engenharia implica muito conhecimento de cálculos matemáticos e materiais para garantir a aplicabilidade da química na indústria.

Um engenheiro químico pode atuar desenvolvendo e aprimorando produtos, de acordo com a viabilidade técnica e econômica deles. Também pode melhorar processos produtivos de fabricação ou beneficiamento de produtos.

Ele tem a opção de atuar definindo normas e procedimentos de preservação ambiental, reciclando e tratando resíduos industriais ou desenvolvendo tecnologias limpas.

Como o engenheiro químico pode atuar em diversas frentes, ele é muito requisitado, o que abre espaço para diversas posições no mercado de trabalho, especialmente em setores como as indústrias de polímeros, tintas, vernizes, alimentos, combustíveis, farmacêutica e cosmética.

Ele também tem posição no setor agroindustrial produzindo fertilizantes e defensivos ou na área ambiental, como falamos há pouco.

Se você pretende cursar engenharia química, prepare-se para estudar muita matemática, física e, claro, química durante todo o curso.

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