Entenda o que é um conto e suas características!
Ao contrário do que muita gente imagina, interpretar e compreender um texto, seja ele qual for, não requer apenas a capacidade de ler. É preciso também ter um conhecimento apurado sobre os tipos de narrativa possíveis — entre eles há, por exemplo, o conto.
Quando se alcança esse domínio, sua leitura dinâmica se torna mais ágil e você consegue tirar de letra qualquer questão de português. Algo que, sem sombra de dúvidas, faz a diferença para um vestibulando que sonha com a aprovação na faculdade, não concorda?
Por essa razão, trouxemos um post para você se aprofundar nas características do conto e, inclusive, saber como elaborar sozinho um texto nesse formato. Acompanhe!
O que é um conto?
O conto é um gênero textual — um dos mais conhecidos, vale ressaltar — que apresenta uma história, geralmente fictícia, com início, meio e fim em único volume. Ele se diferencia das obras narrativas comuns não só por essa ausência de continuação, mas principalmente por ter um enredo sem ramificações e ser conciso.
É por isso que, normalmente, ele tem bem menos de 100 páginas. Já os livros de coletânea de contos, por outro lado, podem reunir até dezenas deles e ultrapassar com folga essa quantidade de páginas.
Para que serve um conto?
O gênero conto, assim como os demais textos narrativos, são uma forma de arte. Por meio dele, muitos autores se consagraram na literatura e no imaginário popular, sendo responsáveis por entreter, divertir, emocionar e despertar paixões em leitores ao redor do mundo. Alguns exemplos de grandes contadores são:
- Monteiro Lobato;
- Clarice Lispector;
- Mário de Andrade;
- Charles Dickens;
- Virginia Woolf;
- J. R. R. Tolkien.
As características de um conto
As características de um conto não envolvem nada complexo. Ao contrário, apenas dizem respeito aos elementos que não podem faltar no texto para que a narrativa se torne funcional. Abaixo, nós listamos quais são elas:
- narração: é preciso ficar claro quem contará a história e se o responsável será somente observador, participativo no desenrolar dos fatos ou onisciente — que traz detalhes e até pensamentos de todos os personagens;
- núcleo: é necessário que haja um único núcleo de poucos personagens que se conhecem, têm parentesco ou interagem ao longo da trama em torno de um mesmo problema — que pode afeta a todos ou só ao protagonista;
- ambientação: é fundamental que seja definido o local, o período histórico (ou equivalente) e o intervalo de tempo que os fatos levam para ocorrer e chegar ao clímax da trama;
- temática do enredo: é crucial que o conto tenha um tema que permeará todo o enredo e será a base para a criação dos desafios, conflitos, reviravoltas e soluções que vão estar no caminho dos personagens — mais a frente, vamos mostrar quais temáticas podem ser abordadas;
- evolução da história: é importante que a narrativa não ande em círculos ou divague sem propósito específico. Ao contrário, ela deve ter uma introdução, um meio e um desfecho bem claros para o leitor.
Tipos de conto
Esse formato de texto tem uma particularidade muito interessante: a estrutura dele não muda, é sempre a mesma. O que realmente varia é a temática apresentada nele.
Logo, ao se deparar com um conto no vestibular ou no Enem, por exemplo, já sabe: é esse o ponto que merece a sua atenção. Abaixo, reunimos os principais (e mais recorrentes) tipos de temas, já que a lista é bem extensa. Veja:
- conto de terror: traz uma história na qual os personagens enfrentam situações amedrontadoras e de risco à vida (podendo ou não ter elementos sobrenaturais);
- conto de fantasia: traz um enredo de aventura no qual os personagens lidam com locais, coisas ou pessoas com aspectos místicos, mágicos, surreais ou delirantes;
- conto romântico: traz uma trama envolvendo personagens que se gostam e têm que enfrentar desafios para desenvolverem e manterem esse relacionamento;
- conto de suspense/mistério: traz uma história na qual os personagens precisam descobrir um segredo ou solucionar um acontecimento inexplicável;
- conto policial: traz um enredo de aventura com personagens policiais ou relacionados à área desvendando crimes (como assassinatos, sequestros);
- conto infantojuvenil: traz uma trama com personagens crianças e/ou adolescentes se aventurando e descobrindo coisas sobre o lugar em que vivem;
- conto de ficção-científica: traz uma história que mostra personagens lidando com os mais diferentes e imaginativos recursos tecnológicos para resolverem problemas na terra ou fora dela em uma ou mais linhas temporais (passado, presente e futuro);
- conto distópico: traz um enredo no qual os personagens vivem em realidades distantes e especulativas que são marcadas por situações absurdas e irreais;
Exemplos de contos
Quer alguns exemplos de contos para estudar? Pois saiba que não faltam obras tanto nacionais quanto internacionais que reúnem textos clássicos, de diferentes períodos literários e com temáticas diversas.
Ou seja, um material muito rico para se aprofundar nesse gênero literário e, de quebra, ainda instigar o hábito da leitura em você. Ficou animado com a ideia? Então confira algumas sugestões para ter em casa:
- Os Contos, escrito por Lygia Fagundes Telles;
- Contos Essenciais, escrito por Machado de Assis;
- Primeiras Estórias, escirto por João Guimarães Rosa;
- Histórias Extraordinárias, escrito por Edgar Allan Poe;
- Maria dos Prazeres, escrito por Gabriel García Márquez;
- Contos de Fadas dos Irmãos Grimm, escritos por Jacob e Wilhelm Grimm.
Dicas de como fazer um bom conto
Ao estudar as matérias, mais precisamente o português, você quer praticar a elaboração de um conto? Então produza um texto de mais ou menos 10 a 20 páginas a cada três semanas. A cada novo conto, você pode mudar a temática do enredo para diversificar sua escrita.
Essa prática recorrente vai ajudá-lo a aprimorar a sua capacidade de trabalhar com diferentes elementos textuais, narrar histórias enxutas e desenvolver personagens.
Deu para ver que o conto está longe de ser algo complexo, não é verdade? Ainda assim é preciso empenho e treino para ficar com a leitura e a escrita afiadas. Por isso, é fundamental ter uma parceira como a Stoodi que o ajuda a organizar estrategicamente a sua forma de estudar.
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Por favor, “ficção científica” não tem hífen!