Proposta de intervenção: um bicho de três cabeças
Por Marina Sestito
Stoodianos,
Muitos de vocês vão prestar o Enem no final do ano. Muitos de vocês vão fazer a temida redação em formato Enem, que solicita ao candidato que elabore uma proposta de intervenção.
Essa parte do texto vale 200 pontos, um quinto da nota de redação, e deixa muita gente de cabelo em pé. Mas será que a proposta de intervenção é mesmo um bicho de sete cabeças? Será que é tão difícil assim alcançar a nota máxima nessa parte do texto?
Antes de qualquer coisa, é importante a gente entender para que serve uma proposta de intervenção. O que o Enem pretende avaliar ao cobrar do candidato que construa uma proposta de intervenção?
Podemos perceber uma tendência do Enem em apresentar problemas sociais ou ambientais nos temas de redação. A banca apresenta o problema, pede que o aluno o discuta com profundidade (seguindo os passos: 1. identificar o problema, 2. enunciar um ponto de vista acerca das motivações da existência e da permanência daquela situação, 3. provar que o problema existe, por meio de evidências concretas e 4. provar que aquela situação afeta negativamente a sociedade brasileira), comprovando que aquela situação realmente precisa ser resolvida.
Estando mais do que provado que o problema precisa urgentemente ser resolvido, está justificada a necessidade de se formular uma proposta de intervenção. E depois? Como fazer isso?
Para que algo seja feito em relação ao problema discutido, é preciso que alguém o faça, certo? É preciso mencionar um agente. A primeira cabeça do monstro.
Em seguida, é preciso deixar claras quais as ações que serão adotadas para enfrentar essa questão. Segunda cabeça.
Por fim, é fundamental, imprescindível e absolutamente necessário detalhar os meios de efetivação das medidas sugeridas, para que fique mais clara a forma de execução das propostas de intervenção. Terceira.
Viu só? A proposta de intervenção é um bicho de só três cabeças: agentes, ações e meios. Tranquilinho. Poderia ser de sete, poderia ser de dez, mas é só de três.
É importante, claro, não se restringir unicamente às medidas de conscientização, mas propor medidas práticas que estruturem o enfrentamento do problema, mas sobre isso nós falaremos com calma num próximo texto.
Muitos beijos, cuidem bem dos seus monstrinhos e até semana que vem!
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Marina Sestito é a Coordenadora de Redação do Stoodi. Formou-se em Filosofia pela FFLCH, na USP – atualmente cursa Licenciatura na FEUSP. Trabalhou em cursinhos pré-vestibulares e hoje comanda a equipe de correção do Stoodi.