Quais tipos de redação devo estudar para o vestibular? Revise tudo sobre narração
Conheça as características do texto narrativo, sua estrutura e algumas dicas
Se for para resumir quais são os textos mais cobrados no vestibular, a professora Karina sugere que estudem (ou revisem): as descrições, as narrações, as dissertações e as cartas. Esses gêneros textuais costumam aparecer nos principais processos seletivos e são base para outros tipos de textos – como verbetes, artigos e etc.
No post anterior, destacamos tudo sobre as dissertações. Agora, vamos conhecer com muitos detalhes as narrações.
Narração
Esse tipo de texto é muito presente no vestibular da Unicamp, principalmente porque a universidade costuma abrir para o estudante escolher entre os de gêneros narrativos ou dissertativos.
O que é narração?
A narração nada mais é que contar uma história. Isso pode ser feito de diversas formas e envolve alguns elementos, como personagens, enredo, tempo e espaço.
Elementos da narração
1. Personagens
A história é contada sempre em torno de uma ou mais personagens.
Protagonista: é a pessoa de maior destaque.
Antagonista: é quem vai levar complicações para a vida do protagonista (pode ser um vilão ou uma pessoa boa que está com algum conflito de interesse).
Personagens secundários: também são muito importantes para a história, têm uma grande contribuição para o desenrolar dos fatos, mas possuem menos destaque.
2. Enredo
O enredo é a sucessão de fatos da narrativa. O aluno pode disponibilizar esses acontecimentos de duas formas:
Modo linear – Apresentação
– Conflito
– Climax
– Desfecho
É quando temos a apresentação dos personagens, depois nos deparamos com um conflito, até que chega na parte do clímax – o ponto máximo de tensão da história – e logo conhecemos o desfecho da narrativa.
Modo alienar – Climax
– Apresentação
– Conflito
– Desfecho
É quando a narrativa começa por qualquer outro ponto que não seja a apresentação. Geralmente, o clímax é utilizado logo no início para prender o leitor. Nesse tipo de narração é muito comum a presença de flashbacks.
3. Tempo
Quando nos referimos ao tempo de uma narrativa podemos falar da a época em que a história aconteceu ou então podemos indicar o tempo transcorrido.
Existem duas formas de tempo transcorrido: o cronológico ou o psicológico.
Cronológico – mais conhecido como “tempo de relógio”. É o tempo que utiliza marcadores externos. Pode ser medido em dias, anos, horas, estações, luas, entre outros.
Psicológico – é distorcido para acompanhar as memórias e lembranças dos personagens. Pode-se apresentar o futuro antes do presente e etc…
4. Espaço
O espaço é o cenário onde é desenvolvida a história.
Ele pode ser decorativo, quando não tem nenhuma relação importante com o desenrolar da narrativa, ou pode ser funcional, quando o espaço determina os rumos da história.
Tipos de narração:
Existem três tipos de narradores: o narrador personagem, o narrador observador e o narrador onisciente.
O narrador personagem participa da história e conta os acontecimentos em 1ª pessoa. Justamente por fazer parte, ele tem uma visão parcial dos fatos.
O narrador observador está mais próximo dos leitores do que das personagens. Ele conta a história em 3ª pessoa e não participa dos eventos narrados.
O narrador onisciente também narra em 3ª pessoa, porém ele tem um diferencial: ele não participa da história, mas sabe de TUDO – as sensações vivenciadas pelas personagens, entre outros.
Tipos de discursos:
Uma narração pode ter três tipos de discurso: direto, indireto e livre.
O discurso direto é quando o narrador dá voz às personagens e as falas surgem como se fosse no momento da conversa. Esse tipo de discurso é caracterizado pelo uso de travessão e aspas para sinalizar.
Já o discurso indireto é quando o narrador conta o que aconteceu, reproduzindo as falas das personagens – não dando mais a voz.
Por fim, o discurso livre é quando se mistura a voz do narrador com a das personagens. É importante destacar que nesse caso o narrador só pode ser onisciente.
Dica: É muito importante conhecer as características desse tipo de redação porque ele pode ajudar na interpretação de texto de outras questões, analisando de forma mais assertiva. Além disso, o aluno tem uma base maior para fazer a interpretação de obras obrigatórias de cada vestibular.