Sociologia: tudo sobre Sérgio Buarque de Holanda

Dicas e macetes sobre o que pode cair no ENEM

Sociologia: tudo sobre Sérgio Buarque de Holanda

Dicas e macetes sobre o que pode cair no ENEM

 

A sociologia que aparece nas questões interdisciplinares do ENEM nem sempre está relacionada aos nomes dos grandes pensadores europeus, como Marx, Weber ou Durkheim. Para ser mais exato, “O ENEM costuma abordar mais a Sociologia Brasileira”, revela o professor Braian.

Pensando em facilitar os nossos estudos, o prof. Braian vai resumir as principais informações de alguns sociólogos brasileiros que podem cair no exame. Hoje vamos começar por: Sérgio Buarque de Holanda.
– Ah, legal. Mas não seria Chico Buarque?

Quase!

Sérgio Buarque de Holanda foi um dos primeiros estudiosos dessa área no Brasil – e pai do cantor Chico Buarque. Ele cursou direito na faculdade, mas não exerceu a profissão de advogado. Acabou atuando como historiador, crítico literário, jornalista e sociólogo.

Suas influências vêm principalmente de Weber, pois ele teve contato diretor com o sociólogo europeu quando morou na Alemanha.
Como a sociologia de Sérgio Buarque aparece no ENEM?

“O ponto central que se cobra sobre o Sergio Buarque é o que ele chama da cordialidade – ou de homem cordial”, conta o professor. O homem cordial é uma representação da população brasileira. Em outras palavras, ele resumiu algumas características que os brasileiros possuem como um todo.

Quando Sérgio Buarque defendeu esse conceito, ele não estava dizendo que nós somos educados, caridosos e afetivos. Nada disso. Ele dizia, na verdade, que as nossas atitudes e decisões são pautadas pelo nosso coração – e não tanto pela racionalidade.

A palavra cordialidade vem do termo cor, que podemos relacionar à coração.

“O brasileiro mistura algumas ações e acaba agindo impulsivamente com excesso de alegria ou excesso de raiva, por exemplo”, explica Braian. Em resumo, nós somos emotivos e agimos com base nos sentimentos – sejam ele bom ou ruim.

Onde podemos ver isso?

Isso fica claro na nossa língua (no nosso modo de falar), no nosso tratamento e no “jeitinho brasileiro”.

Por exemplo, o sociólogo chama atenção para o uso de diminutivos na nossa linguagem. É muito comum você falar (e ouvir) por aí que vai descansar um pouquinho, depois de tanto estudar. Ou, então, que o aniversário estava cheio de salgadinho.

“Esse diminutivo é uma maneira dessa cordialidade brasileira pegar algo que pode ser pesado e deixar mais leve”, contextualiza o professor.

Outro exemplo está relacionado à definição de público e privada. A gente mistura as duas esferas, justamente por conta da cordialidade. Por exemplo, em vez de agir de maneira impessoal, a gente acaba favorecendo quem a gente tem mais afinidade e desfavorecendo quem a gente não vai muito com a cara.

“O Sérgio Buarque de Holanda chama atenção também para o ‘jeitinho brasileiro’ – que é a nossa maneira de driblar as normas e fugir a lei”, conclui o professor. Quando fazemos isso, nós também estamos agindo com base nos sentimentos.

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