CNPQ, Capes e mais: conheça as agências de fomento à pesquisa!

CNPQ, Capes e mais: conheça as agências de fomento à pesquisa!

Em 2022, a cientista social brasileira Rosana Pinheiro Machado conquistou um feito inédito: recebeu um financiamento de R$11 milhões do Conselho Europeu de Pesquisa (ERC) para desenvolver sua pesquisa sobre desigualdade social e juventude. Antes de alcançar esse reconhecimento internacional, sua trajetória acadêmica foi construída com o suporte de agências de fomento brasileiras, como Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que garantiram bolsas de estudo e apoio à sua formação acadêmica. 

Rosana relata que “a conquista mostra que pesquisadores de ciências humanas também podem liderar estudos internacionais. É possível e importante que isso aconteça.” Sem esse incentivo à inovação acadêmica, o desenvolvimento de sua pesquisa teria sido muito mais difícil.

Assim como Rosana, milhares de pesquisadores brasileiros dependem do suporte de agências de fomento à pesquisa para produzir conhecimento, inovar e levar a ciência do Brasil para o mundo. Instituições como CNPq, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e fundações estaduais desempenham um papel essencial na concessão de bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de financiar laboratório de pesquisa e projetos acadêmicos em diversas áreas do conhecimento.

Neste artigo, vamos explorar o papel dessas agências de fomento, como funcionam os editais de pesquisa acadêmica, quais são as oportunidades disponíveis para estudantes e professores pesquisadores e como acessar esses recursos. Se você deseja garantir apoio financeiro para seus estudos e sua trajetória acadêmica, continue lendo!

CNPQ e Capes: o que são agências de fomento à pesquisa?

As agências de fomento à pesquisa são instituições responsáveis por oferecer apoio financeiro e estrutural para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Elas atuam na concessão de bolsas de estudo, financiamento de projetos acadêmicos e incentivo à produção científica, promovendo o avanço do conhecimento em diversas áreas.

Duas das principais agências de fomento à pesquisa no país são o CNPq e a Capes. Ambas desempenham um papel fundamental na pós-graduação stricto sensu, garantindo bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado para pesquisadores de instituições públicas e privadas.

CNPq: Incentivo à pesquisa e tecnologia

✔ Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações;
✔ Concede bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado;
✔ Financia grupos de pesquisa, laboratórios e projetos acadêmicos;
✔ Apoia fundos setoriais de ciência e tecnologia.

Capes: Qualificação e pós-graduação

✔ Ligada ao Ministério da Educação;
✔ Garante a qualificação de professores e pesquisadores;
✔ Oferece bolsas para pós-graduação stricto sensu;
✔ Administra programas de assistência estudantil e cooperação internacional.

Mulher faz pesquisa científica em laboratório. CNPQ e Capes.

Além dessas agências, existem fundações estaduais, como FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e FAPEMIG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), que também desempenham um papel fundamental no financiamento da pesquisa no Brasil.

Com esses incentivos, pesquisadores e bolsistas têm mais oportunidades para desenvolver estudos inovadores, fortalecer a produção acadêmica e impulsionar o progresso científico do país.

Qual a importância de instituições de fomento científico?

As instituições de fomento à pesquisa são fundamentais para o desenvolvimento científico, tecnológico e educacional, permitindo que universidades, centros de pesquisa e pesquisadores tenham acesso a recursos para investigação, inovação e produção acadêmica. Sem esses investimentos, a ciência brasileira enfrentaria ainda mais desafios para se consolidar no cenário global.

Embora o Brasil possua agências como CNPq, Capes, FINEP e FAPESP, o país ainda investe menos em pesquisa e desenvolvimento do que em economias comparáveis. Segundo dados da UNESCO, o Brasil destina aproximadamente 1,2% do PIB para ciência e tecnologia, enquanto países como Coreia do Sul, Alemanha e Estados Unidos investem entre 2,5% e 4,8%. Essa disparidade impacta a competitividade do país em inovação, dificultando o avanço tecnológico e a aplicação da pesquisa científica no setor produtivo.

Impacto das instituições de fomento na educação e na inovação

  • Viabilizam pesquisas científicas ao financiar laboratórios, bolsas de iniciação científica e projetos acadêmicos.
  • Apoiam pesquisadores e professores orientadores, garantindo que tenham condições adequadas para desenvolver estudos.
  • Fomentam a inovação ao investir em projetos que resultam em patentes e novas tecnologias.
  • Incentivam a internacionalização da ciência, permitindo que estudantes e pesquisadores participem de programas como Ciência sem Fronteiras.
  • Promovem a democratização da educação superior, garantindo bolsas de estudo e assistência estudantil para quem deseja seguir carreira acadêmica.

Quais são os desafios do financiamento da pesquisa no Brasil?

O financiamento da pesquisa no Brasil enfrenta obstáculos que comprometem o avanço da ciência e a formação acadêmica de novos pesquisadores. Embora existam agências de fomento como CNPq, Capes e FINEP, além de fundações estaduais, a instabilidade orçamentária e os cortes de verbas afetam diretamente o funcionamento de laboratórios, a concessão de bolsas de estudo e a realização de projetos científicos.

Nos últimos anos, a redução dos investimentos no setor tem sido uma realidade preocupante. Em 2021, o orçamento destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações sofreu um corte de quase 90% dos recursos para o CNPq, impactando diretamente milhares de pesquisadores em universidades públicas e centros de pesquisa. Sem um orçamento estável, muitos projetos são interrompidos e a produção científica brasileira perde força no cenário internacional.

Pilha de moedas diminuindo em tamanho. CNPQ e Capes.

Além dos cortes financeiros, a burocracia na liberação de recursos é outro desafio. Pesquisadores frequentemente enfrentam dificuldades para acessar verbas já aprovadas, atrasando experimentos e prejudicando cronogramas acadêmicos. A ausência de incentivos para parcerias entre universidades e o setor privado também limita o financiamento da inovação, tornando o Brasil cada vez mais dependente de tecnologias estrangeiras.

O impacto desses desafios vai além da pesquisa científica. A falta de recursos desmotiva estudantes a ingressarem na pós-graduação stricto sensu, reduzindo a formação de novos professores, orientadores e pesquisadores. Além disso, a ausência de incentivos adequados leva muitos cientistas a buscar financiamento no exterior, fenômeno conhecido como “fuga de cérebros”, que enfraquece a capacidade do país de competir em inovação e desenvolvimento tecnológico.

Sem investimento contínuo e políticas públicas que priorizem a ciência, o Brasil corre o risco de perder protagonismo no avanço de áreas essenciais, como saúde, tecnologia e meio ambiente. Para superar esses desafios, é fundamental garantir previsibilidade orçamentária para as agências de fomento, reduzir entraves burocráticos na concessão de recursos e incentivar parcerias entre universidades e o setor produtivo. Apenas com um compromisso sólido com o desenvolvimento científico, o país poderá consolidar sua pesquisa acadêmica e impulsionar sua inovação tecnológica.

Como o CNPq e a CAPES apoiam a pesquisa acadêmica?

O CNPq e a Capes desempenham papeis fundamentais no incentivo à pesquisa acadêmica e na formação de pesquisadores no Brasil. Ambas as instituições oferecem bolsas de estudo, financiamento de projetos e programas de incentivo à produção científica, permitindo que estudantes, mestres, doutores e pós-doutores desenvolvam pesquisas em diversas áreas do conhecimento.

O CNPq tem um foco mais amplo na pesquisa científica e tecnológica, financiando projetos inovadores e concedendo bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Além disso, mantém editais para grupos de pesquisa e parcerias internacionais, promovendo o intercâmbio de cientistas e o desenvolvimento de novas tecnologias. Outra frente de atuação do CNPq é o apoio a laboratórios de pesquisa, garantindo recursos para equipamentos e infraestrutura essenciais ao avanço da ciência.

Já a Capes tem como principal missão a qualificação do ensino superior no Brasil, sendo responsável pela avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu e pela concessão de bolsas nacionais e internacionais. O órgão também gerencia programas como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e o Ciência sem Fronteiras, além de atuar no financiamento de projetos voltados à formação de professores e incentivo à internacionalização das universidades brasileiras.

Professora universitária conversa com estudantes em biblioteca. CNPQ e Capes.

A parceria entre CNPq e Capes permite que o Brasil fortaleça seu sistema de educação superior e inovação científica, promovendo a valorização da carreira acadêmica e impulsionando o desenvolvimento tecnológico do país. Esses investimentos são essenciais para que estudantes e pesquisadores possam atuar em áreas estratégicas, contribuindo para o avanço da ciência e da sociedade como um todo.

O que é o CNPq e qual o seu papel na pesquisa científica?

O CNPq é uma das principais agências de fomento à pesquisa no Brasil, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Criado em 1951, seu principal objetivo é promover o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação, apoiando pesquisadores, grupos de pesquisa e projetos científicos em diversas áreas do conhecimento.

O CNPq atua concedendo bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de oferecer financiamento para laboratórios e estudos de alto impacto. Entre os principais programas de bolsas do CNPq, destacam-se:

  • Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) – Voltado para estudantes de graduação, incentivando o desenvolvimento de projetos acadêmicos sob a orientação de professores.
  • Bolsas de Mestrado e Doutorado – Auxílio financeiro para estudantes de pós-graduação, permitindo que possam se dedicar integralmente à pesquisa.
  • Bolsas de Pós-Doutorado – Destinadas a pesquisadores que já concluíram o doutorado e desejam aprofundar suas investigações acadêmicas.
  • Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) – Voltadas para pesquisadores de destaque que possuem produção acadêmica relevante e contribuem significativamente para o avanço da ciência.

Além das bolsas, o CNPq também desempenha um papel essencial na avaliação da qualidade acadêmica e na política de incentivo à inovação científica, promovendo editais específicos para financiamento de pesquisas estratégicas para o desenvolvimento nacional.

O que é a CAPES e como ela incentiva a pós-graduação?

A Capes é um órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e tem como principal missão fortalecer a pós-graduação stricto sensu no Brasil. Criada em 1951, a Capes é responsável por avaliar e regular os cursos de mestrado e doutorado em todo o país, garantindo a qualidade acadêmica e o desenvolvimento de novas pesquisas.

Ela analisa os cursos de mestrado e doutorado por meio da Avaliação dos Programas de Pós-Graduação (APG), utilizando um sistema de notas que define a excelência dos programas acadêmicos. Os resultados são determinantes para definir o número de bolsas que vão para cada programa de pós-graduação.

Para incentivar a formação de pesquisadores e professores universitários, a Capes oferece programas de bolsas de estudo e apoio à internacionalização, como:

  • Bolsas de Demanda Social (DS) – Auxiliam estudantes de mestrado e doutorado matriculados em programas de pós-graduação recomendados pela Capes.
  • Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) – Voltado para a cooperação acadêmica internacional, permitindo que pesquisadores brasileiros realizem parte de seus estudos no exterior.
  • Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) – Destinado a recém-doutores que desejam continuar suas pesquisas em instituições de ensino superior.
  • Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP) – Financia a infraestrutura dos programas de pós-graduação, garantindo melhores condições para pesquisa.
Homem lendo livro na biblioteca. CNPQ e Capes.

Além de suas bolsas e investimentos diretos em pesquisa, a Capes também gerencia programas de formação docente e políticas para melhorar o ensino superior no Brasil, sendo um pilar essencial para a qualificação acadêmica e científica do país. Outro ponto importante, que nem todo mundo sabe, é que a Capes desempenha um papel importante no apoio à formação acadêmica de estudantes de graduação, contribuindo para a qualificação do ensino superior e para a produção científica no país.

Quais outras agências de fomento estão disponíveis no Brasil?

Além do CNPq e da Capes, diversas outras agências de fomento atuam no Brasil, financiando pesquisas, projetos acadêmicos e inovação tecnológica. Confira algumas das principais:

  • FINEP – Vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a FINEP apoia projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em universidades, empresas e instituições de pesquisa, com financiamento para infraestrutura científica e tecnológica.
  • FAPESP – Agência estadual que fomenta pesquisas científicas e tecnológicas no estado de São Paulo, oferecendo bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de apoiar projetos estratégicos.
  • FAPERJ – Atua no financiamento de projetos científicos no estado do Rio de Janeiro, concedendo bolsas para pesquisadores e apoio à inovação em universidades e centros de pesquisa.
  • FAPEMIG – Responsável pelo incentivo à pesquisa em Minas Gerais, oferecendo bolsas e financiamento de projetos acadêmicos, inovação e desenvolvimento tecnológico.
  • Fundação Araucária – Agência do estado do Paraná que investe no desenvolvimento científico e tecnológico, promovendo parcerias entre universidades, empresas e setor público.
  • FAPDF (Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal) – Destinada ao fomento de pesquisas no Distrito Federal, com investimentos em bolsas, editais de pesquisa e projetos de inovação.

Cada uma dessas fundações estaduais desempenha um papel essencial no financiamento da ciência, tecnologia e inovação, garantindo que universidades e pesquisadores tenham acesso a recursos para desenvolver suas pesquisas e contribuir para o avanço do conhecimento no Brasil.

Como funcionam as Fundações de amparo à pesquisa estaduais?

As Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) são órgãos estaduais que desempenham um papel essencial no financiamento de pesquisas científicas e tecnológicas em todo o Brasil. Diferentemente de agências federais como CNPq e Capes, essas fundações atuam ao nível regional, oferecendo bolsas, editais de pesquisa e incentivos à inovação para universidades e centros acadêmicos dentro de seus respectivos estados.

Jovem estudante estudando na biblioteca. CNPQ e Capes.

Cada estado brasileiro possui sua própria FAP, responsável por distribuir recursos e apoiar projetos alinhados às demandas locais. As principais atribuições dessas fundações incluem:

  • Concessão de bolsas: oferecem suporte financeiro a estudantes e pesquisadores em diferentes níveis acadêmicos, como iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
  • Financiamento de infraestrutura: auxiliam na aquisição de equipamentos e modernização de laboratórios de pesquisa.
  • Editais de pesquisa: lançam chamadas públicas para fomentar projetos acadêmicos e inovação tecnológica.
  • Parcerias com empresas: incentivam a colaboração entre universidades e o setor produtivo, promovendo pesquisa aplicada e desenvolvimento de novas tecnologias.

Principais Fundações de Amparo à Pesquisa

  • FAPESP – Uma das mais reconhecidas do Brasil, oferece bolsas de estudo, auxílios para pesquisadores e financiamento para inovação tecnológica. Seu foco inclui desde a iniciação científica até grandes projetos estratégicos em diversas áreas do conhecimento.
  • FAPERJ – Responsável pelo fomento à ciência no estado do Rio de Janeiro, a FAPERJ investe em pesquisa acadêmica, inovação e formação de pesquisadores, além de apoiar a produção científica em instituições públicas e privadas.
  • Fundação Araucária (Paraná) – Atua no financiamento de pesquisas científicas e tecnológicas no Paraná, promovendo parcerias entre universidades, empresas e governo para estimular a inovação e o desenvolvimento regional.

Além dessas, outros estados possuem suas respectivas fundações, como a FAPEMIG (Minas Gerais), FAPDF (Distrito Federal) e FAPEAM (Amazonas), todas com o objetivo de fortalecer a produção científica nacional e tornar a pesquisa mais acessível e aplicada às realidades locais.

As FAPs desempenham um papel fundamental no avanço da ciência, tecnologia e inovação no Brasil, garantindo que universidades e pesquisadores tenham suporte financeiro para desenvolver estudos de impacto acadêmico, social e econômico.

Como conseguir bolsas de pesquisa e financiamento?

Para muitos estudantes e pesquisadores, obter bolsas de pesquisa e financiamento acadêmico é essencial para garantir a continuidade dos estudos e a produção científica no Brasil. Diversas agências de fomento e programas governamentais oferecem suporte financeiro para iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutorado, além de investimentos em laboratórios de pesquisa e projetos de inovação tecnológica.

O acesso a esses recursos é regulado por instituições como o Conselho Nacional de Educação, que estabelece diretrizes para o financiamento da pesquisa e a concessão de bolsas em todo o país. Entre os principais caminhos para obter financiamento acadêmico, destacam-se:

  • Editais de pesquisa – Universidades públicas e centros acadêmicos disponibilizam chamadas públicas para concessão de bolsas e financiamento de grupos de pesquisa acadêmica por meio das agências de fomento. Consulte os da sua universidade;
  • Programas de financiamento educacional – Além das bolsas de pesquisa, iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni) oferecem apoio à educação superior para estudantes de baixa renda.
  • Crédito educacional e fundos de incentivo à ciência – Algumas instituições oferecem financiamento estudantil ou subsídios para auxiliar na realização de pesquisas acadêmicas e inovação tecnológica.

O acesso às bolsas e financiamentos varia conforme requisitos acadêmicos, desempenho escolar e apresentação de projetos bem estruturados, tornando essencial o acompanhamento dos editais e a preparação para o processo de candidatura.

Estudante verificando edital. CNPQ e Capes.

Quais são os principais programas de bolsas?

Diversos programas apoiam pesquisadores e estudantes, garantindo a continuidade da produção científica no Brasil. Além de proporcionarem benefícios estudantis, como auxílio financeiro para estudantes de baixa renda, esses programas incentivam a produção científica e o avanço da tecnologia. Entre os mais relevantes, destacam-se:

  • PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) – Voltado para estudantes de graduação, promovendo a integração entre ensino e pesquisa.
  • Bolsas de Demanda Social – Financiadas pela Capes, destinadas a mestrandos e doutorado.
  • PNPD – Concede bolsas para recém-doutores interessados em desenvolver projetos de pesquisa acadêmica em universidades e centros de pesquisa.
  • PrInt – Fomenta parcerias internacionais, proporcionando intercâmbios acadêmicos para estudantes e professores.
  • Bolsas de Produtividade do CNPq – Destinadas a pesquisadores com alta produção científica, incentivando o desenvolvimento de pesquisas estratégicas.
  • Editais das Fundações Estaduais de Pesquisa – Programas como os da FAPESP, FAPERJ e FAPEMIG financiam pesquisas regionais, inovação tecnológica e infraestrutura laboratorial.
  • Bolsas de pesquisa em parceria com empresas – Algumas startups e indústrias financiam pesquisas aplicadas para desenvolvimento de novas tecnologias e inovação.

Cada programa possui critérios específicos de seleção, e os candidatos devem estar atentos aos requisitos acadêmicos e prazos dos editais.

Como se candidatar a uma bolsa de pesquisa?

Conquistar uma bolsa de pesquisa exige planejamento e dedicação. Confira um passo a passo para facilitar sua candidatura:

1. Escolha uma linha de pesquisa e um orientador

Grande parte das bolsas exige que o candidato esteja vinculado a um grupo de pesquisa acadêmica e tenha um professor orientador. Para isso:

✔ Identifique áreas de interesse dentro do seu curso ou instituição.

✔ Entre em contato com professores que atuam na área e pergunte sobre oportunidades.

✔ Participe de seminários e eventos científicos para se aproximar da comunidade acadêmica.

2. Verifique os editais abertos

✔ Acompanhe o site do programa de graduação ou pós-graduação que você deseja e verifique os editais abertos de bolsas. Se não encontrar, pesquise-os em sites do CNPq, Capes, universidades públicas e FAPs estaduais.

✔ Leia atentamente os critérios de seleção e prazos de inscrição.

✔ Consulte laboratórios de pesquisa que possam ter editais abertos.

Universitária no computador em biblioteca. CNPQ e Capes.

3. Prepare um projeto de pesquisa

✔ Estruture um documento com objetivos, metodologia e justificativa do estudo.

✔ Consulte modelos de projetos aprovados para seguir boas práticas.

✔ Peça feedbacks de professores para refinamento da proposta.

4. Atenda aos requisitos acadêmicos

✔ Algumas bolsas exigem média acadêmica mínima e dedicação exclusiva.

✔ Certifique-se de que você cumpre os critérios do edital.

✔ Organize histórico escolar, currículo e carta de recomendação (se exigido).

5. Faça a inscrição no sistema correspondente

✔ Submeta sua candidatura pelo site da agência de fomento ou universidade.

✔ Em alguns casos, o professor orientador precisa realizar a inscrição.

✔ Acompanhe as atualizações do edital e eventuais exigências extras.

6. Acompanhe o processo seletivo e os resultados

✔ Se aprovado, leia atentamente os termos de compromisso da bolsa.

✔ Cumpra requisitos como relatórios periódicos e participação em eventos científicos.

✔ Caso não seja aprovado, analise as áreas de melhoria e tente novamente.

Com dedicação e acompanhamento dos editais, é possível garantir uma bolsa de pesquisa e potencializar sua carreira acadêmica.