Unicamp 2019: como será o vestibular
Conheça a estrutura do processo seletivo da Universidade Estadual de Campinas
A prova da Unicamp está chegando e você está mais ansioso do que nunca para o grande dia. Mas antes de tudo, tenha certeza de que você está entendendo tudo sobre essa prova.
Revisar o conteúdo programático do ensino médio é uma das ações que vai te ajudar a mandar muito bem nos vestibulares.
Mas além disso, existe um macete que nem todos os candidatos estão acostumados a fazer: estudar a estrutura de prova de cada processo seletivo.
Por isso, separamos aqui os principais assuntos que você precisa saber, o calendário desse ano, as perguntas mais comuns que os vestibulandos têm e dicas de como é a correção dessa prova.
Foto: reprodução/divulgação
Como é o vestibular da Unicamp?
O vestibular da Unicamp é formado por duas etapas: a primeira e a segunda fase.
Primeira Fase
A primeira fase é obrigatória e composta de uma única prova com 90 questões de múltipla escolha – cada pergunta possui quatro alternativas de resposta, ao contrário dos demais vestibulares como Enem e a Fuvest, sendo que apenas uma está correta.
As questões abordarão as áreas do conhecimento desenvolvidas no ensino médio, com:
- 13 questões de Língua Portuguesa e Literatura,
- 13 perguntas de Matemática,
- 9 perguntas de Física,
- 9 questões de Química,
- 9 perguntas de Biologia,
- 9 perguntas de História (englobando Filosofia),
- 9 questões de Geografia (englobando Sociologia),
- 7 questões de Inglês,
- 12 questões interdisciplinares.
Você terá até 5 horas para realizar essa primeira prova. Cada pergunta vale um ponto, desta forma, você pode somar até 90 pontos durante a primeira fase.
Segunda Fase
Já a segunda fase acontece em três dias consecutivos e apresenta diversas provas com questões dissertativas. Veja a ordem de cada uma delas:
- Primeiro dia: você fará a prova de Redação (desenvolvendo duas propostas de texto), além da prova de Língua Portuguesa e Literatura (com seis questões);
- Segundo dia: você fará a prova de Geografia, a de História e a de Matemática (cada uma possui seis questões);
- Terceiro dia: no último dia você fará a prova de Ciências Biológicas, a de Química e a de Física (cada uma também possui 6 questões).
Você terá até 4 horas por dia para realizar as provas da segunda fase do vestibular da Unicamp. Cada questão poderá valer até 4 pontos.
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Como são os pesos das provas?
A primeira fase do vestibular possui peso igual para todas as disciplinas. Contudo, sua nota pode variar de acordo com a quantidade de candidatos. Veja a fórmula abaixo:
NPF1= (N-M).100/DP+500
Em que:
- N: nota de conhecimentos gerais
- M: a média de N dos candidatos presentes na 1ª fase.
- DP: Desvio padrão de N dos candidatos na 1ª fase.
Já na segunda fase do processo seletivo, cada matéria é avaliada com uma dinâmica diferente.
Toda carreira possui um peso específico na composição de sua nota final – por isso é muito importante que você dê uma olhada no Manual do Candidato – documento disponibilizado pela universidade com as principais informações – antes de organizar as suas revisões.
Por exemplo:
O curso de Medicina, que é o mais concorrido da universidade, possui peso 3 nas matérias de Biologia e Língua Portuguesa. Já as questões de Matemática, Geografia e Química possuem peso 2 e, por fim, História e Física são avaliadas com peso 1.
As provas prioritárias (que ganharão a maior relevância na hora de compor a nota final e servirão de desempate) são: Biologia e Língua Portuguesa.
Mas nem sempre é tão óbvio assim. Vamos analisar o curso de Comunicação Social – Midialogia, já que ele é o 3º mais concorrido da Unicamp.
As matérias de peso 3 são Língua Portuguesa, História e Geografia. A Matemática é a única disciplina com peso 2 e, por fim, os conteúdos de peso 1 são de Física, Química e Biologia.
Porém, o que muda tudo nessa histórias são as provas prioritárias – neste caso, elas são História e Matemática.
“Embora seja um curso da área de Humanas, você tem a Matemática com esse peso maior, justamente para ser uma questão de seleção, visto a alta demanda”, explica o Prof. Eduardo, formado em História e Ciências Sociais pela Unicamp.
Prof. Eduardo, formado pela Unicamp em História e Ciências Sociais.
Já para calcular o resultado final, a Unicamp utiliza duas notas: a Nota Mínima de Opção (NMO) e a Nota Padronizada de Opção (NPO).
A NMO é a atribuição do peso das provas prioritárias do seu curso, conforme falamos acima
Já a NPO é a classificação dos candidatos em cada curso escolhido. Ela é calculada pela média das notas dos candidatos nas provas.
Calendário 2018
As informações abaixo estão de acordo com o que foi divulgado pelo site oficial da Comvest.
Inscrições: 1º de agosto até 31 de agosto, por meio de formulário online.
Provas
Primeira fase: 18 de novembro (domingo), das 12h às 18h. Não se esqueça que os portões já estão abertos a partir das 12h.
Segunda fase: Dias 13 a 15 de janeiro de 2019 (domingo, segunda e terça), das 13h às 17h.
Provas de habilidades específicas*: De 21 a 25 de janeiro de 2019 (segunda, terça, quarta e quinta).
*As habilidades específicas são somente para alguns cursos, como música e teatro.
Resultados
Aprovados na primeira fase: 11 de dezembro (segunda-feira).
Notas da primeira fase: 21 de dezembro (quinta-feira).
Matrículas:
1ª chamada: 11 de fevereiro de 2019 (segunda-feira).
Matrícula não presencial: 12 de fevereiro de 2019 (terça-feira).
Perguntas mais comuns:
Como é a estrutura da prova da Unicamp?
“Seu formato e maneira de perguntar é bem diferente”, introduz o professor. Segundo Edu, as questões nunca cobram um conceito que você terá que responder logo de cara. Elas sempre trazem um texto que você precisará ler e analisar antes de responder”.
“Tem uma jogada que a Unicamp faz (e que o Enem também faz) que é o chamado Elemento de Distração. Eles colocam uma alternativa correta que é uma afirmativa sobre um assunto semelhante, mas que não tem nada a ver com o enunciado”, explica o professor”.
Desta forma, é muito comum que os candidatos fiquem em dúvida. Mas o prof. Edu lembra: “A que está correta é aquela que está vinculada ao enunciado”. Ou seja, sempre que você ficar em dúvida sobre duas alternativas, pergunte-se “O que essa questão quer saber?”, e então assinale a alternativa mais apropriada.
“Eu costumo dizer que a prova da Unicamp é uma prova de leitura. O aluno precisa saber ler – se ele souber interpretar, ele faz a prova numa boa”, afirma o professor. Edu explica que além de ser um vestibular conteudista, ele gera a necessidade do candidato ser um bom leitor.
Por ter esse caráter, o prof. Eduardo sugere que você use o próprio texto para resolver as questões, mesmo nas perguntas dissertativas. “Não tem que inventar e nem sair do texto para dar a resposta daquele item. O aluno precisa mostrar para o examinador que ele entendeu o porquê aquele trecho foi colocado”, comenta.
De acordo com o Manual do Estudante, a Unicamp vai avaliar a aptidão de cada candidato analisando a capacidade de se expressar com clareza, de organizar suas ideias, de estabelecer relações entre elas, interpretar informações, elaborar hipóteses e dominar os assuntos do ensino médio.
Por isso, desenvolver um pensamento por meio do texto não aponta pobreza de repertório. Muito pelo contrário, é uma forma de demonstrar a linha de raciocínio estabelecida pelo aluno.
Foto: reprodução/divulgação
O que eu devo levar para a prova da Unicamp?
A Unicamp é menos rígida do que o Enem quando o assunto é material.
Mas como esse assunto acaba gerando bastante dúvida, confira aqui nosso post que só fala desse tema para você entender tudo bem direitinho!
As questões costumam ser contextualizadas?
“Às vezes, sim”, responde o professor. De acordo com ele, algumas disciplinas chegam a criar provas temáticas.
“Teve uma vez que o tema do vestibular da Unicamp foi ‘descobrimentos’. Todas as questões giravam em torno dos seus aspectos. Por exemplo: tinha uma de Biologia que pergunta sobre o escorbuto. Por quê? Porque o navegador ficava muito tempo em alto mar, sem vitamina C, sem comer fruta podia contrair essa doença”, explica.
É por isso que o professor diz que a prova é muito bem amarrada, na qual flui muito bem no raciocínio do aluno.
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