Conheça a estrutura do processo seletivo da Universidade Estadual de Campinas
A prova da Unicamp está chegando e você está mais ansioso do que nunca para o grande dia. Mas antes de tudo, tenha certeza de que você está entendendo tudo sobre essa prova.
Revisar o conteúdo programático do ensino médio é uma das ações que vai te ajudar a mandar muito bem nos vestibulares.
Mas além disso, existe um macete que nem todos os candidatos estão acostumados a fazer: estudar a estrutura de prova de cada processo seletivo.
Por isso, separamos aqui os principais assuntos que você precisa saber, o calendário desse ano, as perguntas mais comuns que os vestibulandos têm e dicas de como é a correção dessa prova.
Foto: reprodução/divulgação
O vestibular da Unicamp é formado por duas etapas: a primeira e a segunda fase.
A primeira fase é obrigatória e composta de uma única prova com 90 questões de múltipla escolha – cada pergunta possui quatro alternativas de resposta, ao contrário dos demais vestibulares como Enem e a Fuvest, sendo que apenas uma está correta.
As questões abordarão as áreas do conhecimento desenvolvidas no ensino médio, com:
Você terá até 5 horas para realizar essa primeira prova. Cada pergunta vale um ponto, desta forma, você pode somar até 90 pontos durante a primeira fase.
Já a segunda fase acontece em três dias consecutivos e apresenta diversas provas com questões dissertativas. Veja a ordem de cada uma delas:
Você terá até 4 horas por dia para realizar as provas da segunda fase do vestibular da Unicamp. Cada questão poderá valer até 4 pontos.
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A primeira fase do vestibular possui peso igual para todas as disciplinas. Contudo, sua nota pode variar de acordo com a quantidade de candidatos. Veja a fórmula abaixo:
NPF1= (N-M).100/DP+500
Em que:
Já na segunda fase do processo seletivo, cada matéria é avaliada com uma dinâmica diferente.
Toda carreira possui um peso específico na composição de sua nota final – por isso é muito importante que você dê uma olhada no Manual do Candidato – documento disponibilizado pela universidade com as principais informações – antes de organizar as suas revisões.
Por exemplo:
O curso de Medicina, que é o mais concorrido da universidade, possui peso 3 nas matérias de Biologia e Língua Portuguesa. Já as questões de Matemática, Geografia e Química possuem peso 2 e, por fim, História e Física são avaliadas com peso 1.
As provas prioritárias (que ganharão a maior relevância na hora de compor a nota final e servirão de desempate) são: Biologia e Língua Portuguesa.
Mas nem sempre é tão óbvio assim. Vamos analisar o curso de Comunicação Social – Midialogia, já que ele é o 3º mais concorrido da Unicamp.
As matérias de peso 3 são Língua Portuguesa, História e Geografia. A Matemática é a única disciplina com peso 2 e, por fim, os conteúdos de peso 1 são de Física, Química e Biologia.
Porém, o que muda tudo nessa histórias são as provas prioritárias – neste caso, elas são História e Matemática.
“Embora seja um curso da área de Humanas, você tem a Matemática com esse peso maior, justamente para ser uma questão de seleção, visto a alta demanda”, explica o Prof. Eduardo, formado em História e Ciências Sociais pela Unicamp.
Prof. Eduardo, formado pela Unicamp em História e Ciências Sociais.
Já para calcular o resultado final, a Unicamp utiliza duas notas: a Nota Mínima de Opção (NMO) e a Nota Padronizada de Opção (NPO).
A NMO é a atribuição do peso das provas prioritárias do seu curso, conforme falamos acima
Já a NPO é a classificação dos candidatos em cada curso escolhido. Ela é calculada pela média das notas dos candidatos nas provas.
As informações abaixo estão de acordo com o que foi divulgado pelo site oficial da Comvest.
Inscrições: 1º de agosto até 31 de agosto, por meio de formulário online.
Primeira fase: 18 de novembro (domingo), das 12h às 18h. Não se esqueça que os portões já estão abertos a partir das 12h.
Segunda fase: Dias 13 a 15 de janeiro de 2019 (domingo, segunda e terça), das 13h às 17h.
Provas de habilidades específicas*: De 21 a 25 de janeiro de 2019 (segunda, terça, quarta e quinta).
*As habilidades específicas são somente para alguns cursos, como música e teatro.
Aprovados na primeira fase: 11 de dezembro (segunda-feira).
Notas da primeira fase: 21 de dezembro (quinta-feira).
1ª chamada: 11 de fevereiro de 2019 (segunda-feira).
Matrícula não presencial: 12 de fevereiro de 2019 (terça-feira).
“Seu formato e maneira de perguntar é bem diferente”, introduz o professor. Segundo Edu, as questões nunca cobram um conceito que você terá que responder logo de cara. Elas sempre trazem um texto que você precisará ler e analisar antes de responder”.
“Tem uma jogada que a Unicamp faz (e que o Enem também faz) que é o chamado Elemento de Distração. Eles colocam uma alternativa correta que é uma afirmativa sobre um assunto semelhante, mas que não tem nada a ver com o enunciado”, explica o professor”.
Desta forma, é muito comum que os candidatos fiquem em dúvida. Mas o prof. Edu lembra: “A que está correta é aquela que está vinculada ao enunciado”. Ou seja, sempre que você ficar em dúvida sobre duas alternativas, pergunte-se “O que essa questão quer saber?”, e então assinale a alternativa mais apropriada.
“Eu costumo dizer que a prova da Unicamp é uma prova de leitura. O aluno precisa saber ler – se ele souber interpretar, ele faz a prova numa boa”, afirma o professor. Edu explica que além de ser um vestibular conteudista, ele gera a necessidade do candidato ser um bom leitor.
Por ter esse caráter, o prof. Eduardo sugere que você use o próprio texto para resolver as questões, mesmo nas perguntas dissertativas. “Não tem que inventar e nem sair do texto para dar a resposta daquele item. O aluno precisa mostrar para o examinador que ele entendeu o porquê aquele trecho foi colocado”, comenta.
De acordo com o Manual do Estudante, a Unicamp vai avaliar a aptidão de cada candidato analisando a capacidade de se expressar com clareza, de organizar suas ideias, de estabelecer relações entre elas, interpretar informações, elaborar hipóteses e dominar os assuntos do ensino médio.
Por isso, desenvolver um pensamento por meio do texto não aponta pobreza de repertório. Muito pelo contrário, é uma forma de demonstrar a linha de raciocínio estabelecida pelo aluno.
Foto: reprodução/divulgação
A Unicamp é menos rígida do que o Enem quando o assunto é material.
Mas como esse assunto acaba gerando bastante dúvida, confira aqui nosso post que só fala desse tema para você entender tudo bem direitinho!
“Às vezes, sim”, responde o professor. De acordo com ele, algumas disciplinas chegam a criar provas temáticas.
“Teve uma vez que o tema do vestibular da Unicamp foi ‘descobrimentos’. Todas as questões giravam em torno dos seus aspectos. Por exemplo: tinha uma de Biologia que pergunta sobre o escorbuto. Por quê? Porque o navegador ficava muito tempo em alto mar, sem vitamina C, sem comer fruta podia contrair essa doença”, explica.
É por isso que o professor diz que a prova é muito bem amarrada, na qual flui muito bem no raciocínio do aluno.
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