Livros Essenciais para Vestibular: Fuvest e Unicamp
Se você pretende prestar o vestibular da Fuvest ou da Unicamp, duas das universidades públicas mais desejadas do país, saiba que a chance de ser cobrado na prova por algumas leituras obrigatórias é grande e é melhor estar preparado.
A literatura de vestibular para essas duas instituições não costuma ser muito extensa.No entanto, alguns títulos não são daqueles que podemos chamar de “os mais populares entre os jovens”.
Tanto a lista de livros da Fuvest quanto a da Unicamp são compostas por títulos que a grande maioria dos candidatos só leu nos primeiros anos do ensino fundamental, nos cursinhos de preparação para o vestibular ou então alguns meses antes da prova quando descobre a importância desses títulos para o teste.
O fato é que todas as obras literárias selecionadas para compor uma prova de vestibular de instituições como a USP e a Unicamp carregam em si um enorme valor histórico na construção da literatura mundial. Por isso, o interesse nessas obras deve ir muito mais além do que apenas se preparar para fazer uma boa prova.
Para ajudá-lo nessa preparação pré-vestibular, além de nossas videoaulas de português, selecionamos 10 títulos que foram cobrados em vestibulares anteriores da Fuvest e da Unicamp e que possivelmente estarão relacionados para os próximos:
1. Dom Casmurro – Machado de Assis
O tema central de Dom Casmurro é o ciúme e a tragédia conjugal de Bentinho.
O romance de 1899 foi escrito por Machado de Assis e completa a “trilogia realista” ao lado de Memórias Póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba. É uma das grandes obras do autor e enaltece o olhar certeiro e crítico estendido por ele sobre toda a sociedade brasileira. A temática do ciúme abordada nesse livro provoca polêmicas em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira: Capitu.
2. Viagens na minha terra – Almeida Garrett
A obra de Almeida Garrett foi publicada originalmente em folhetins na Revista Universal Lisbonense entre 1845 e 1846, sendo editada em livro apenas em 1846. Por sua estrutura e linguagem inovadoras, a obra é símbolo do Romantismo português e um importante documento de referência para entender a decadência do império da época.
3. Til – José de Alencar
O cotidiano numa fazenda do interior paulista do século XIX é o cenário desse romance publicado em 1872. Junto com obras como O Gaúcho, O Sertanejo e Tronco do Ipê, José de Alencar documenta neste romance sua fase mais regionalista. Apelidada de Til, Berta é a típica heroína romântica de alma bondosa que se sacrifica em prol de todos.
4. Memórias de um sargento de milícias – Manuel Antônio de Almeida
A figura do malandro, popularmente conhecida pelos brasileiros, foi retratada pela primeira vez nesse romance de Manuel Antônio de Almeida quando descreve também sob uma atmosfera boêmia a vida do Rio de Janeiro no início do século XIX.
5. Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis
Brás Cubas conta a sua história a partir da morte, do final para o começo.
Talvez uma das obras mais populares e irônicas dessa lista, trata dos privilégios da elite brasileira de uma forma revolucionária para a época de seu lançamento. Com ela, Machado de Assis muda radicalmente o panorama da literatura brasileira ao criar um narrador que resolve contar sua vida depois de morto.
6. O cortiço – Aluísio Azevedo
A obra de Aluísio Azevedo destaca o que há de mais sórdido no ser humano.
Tendo como cenário uma habitação coletiva, o romance trava discussões sobre a questão da posse de propriedades, do acúmulo de capital e difunde as teses naturalistas que explicam o comportamento dos personagens com base na influência do meio, da raça e do momento histórico.
7. A cidade e as serras – Eça de Queirós
A obra foi publicada um ano depois da morte do autor, em 1901, e marca a reconciliação do escritor com a sociedade portuguesa, depois de obras polêmicas como O Crime do Padre Amaro e Primo Basílio. A comparação entre o campo e a cidade e a relação entre a elite e a classe trabalhadora são muito presentes na narrativa.
8. Vidas secas – Graciliano Ramos
Publicado em 1938, o romance retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca.
A economia de adjetivos na narrativa expressa a aridez do ambiente e seus efeitos sobre os personagens. Qualificada como uma das mais bem-sucedidas criações da época, a obra pertence à segunda fase modernista da literatura, mais conhecida como regionalista.
9. Capitães da areia – Jorge Amado
As aspirações e os pensamentos ingênuos de um grupo de meninos de rua, comuns a qualquer criança, se misturam nesse romance com o cotidiano castigado por assaltos e atitudes violentas.
10. Sentimento do mundo – Carlos Drummond de Andrade
O poeta nos revela sua limitação e impotência perante o mundo.
Datado de 1940, o livro é a terceira obra de Drummond e reúne 28 poemas. Nele, o poeta abraça de vez a poesia de cunho social, refletindo o momento de instabilidade e inquietação dos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial.
No entanto, a temática do “eu” apresentada em seus livros anteriores ainda está presente nesse conjunto, com destaque em Sentimento do Mundo.
1 comments
Estes livros ainda são cobrados, ou houve mudança na lista para este ano de 2024 ?