Você já percebeu o quanto as universidades públicas e faculdades são altamente procuradas, por exemplo, quando abre o Sisu, não é mesmo?
Essa alta concorrência não é a toa: estudar em uma universidade pública proporciona muitas vantagens. Isso vale tanto para a formação em si quanto, também, para sua vida pessoal mesmo.
Uma das principais vantagens de fazer sua formação em uma universidade pública é formar-se, geralmente, em cursos com alta avaliação. Isso vale tanto para as principais avaliações realizadas pelo Ministério da Educação (MEC), como de entes privados.
Alguns dos principais índices que você pode acompanhar para ver a avaliação de cursos ou de uma instituição pública são:
Outro ponto é que, até mesmo, em rankings internacionais, as instituições públicas se destacam. Por exemplo, a Universidade de São Paulo (USP) esteve entre as 100 melhores do mundo no QS World University Ranking, umas das mais importantes avaliações internacionais.
Fato é: não é segredo que muitas das instituições públicas estão sempre bem-posicionadas nos diferentes rankings publicados. Essa reputação ajuda a elevar a força do seu diploma no mercado, além de assegurar que você estará em um ambiente acadêmico realmente estimulante e altamente qualificado.
Outro ponto bastante atrativo, é claro, diz respeito à gratuidade dos cursos. Afinal, para muitos estudantes, essa é a única possibilidade de fazer uma formação superior.
Uma formação de qualidade pode ser altamente custosa e, mesmo com opções de bolsas e financiamentos, muitos alunos não conseguem seguir se não for via instituição pública. Afinal, como você verá mais à frente, esses espaços também ajudam os alunos a permanecerem na instituição com incentivos.
A economia na formação pode ser direcionada para outros pontos importantes, como compra de livros para estudos, realização de cursos complementares ou, até mesmo, guardar para seu futuro profissional.
Essa possibilidade ajuda, inclusive, a democratizar a Educação Superior e, por isso, esse é um dos principais critérios de mobilidade social atualmente. Você sabia disso?
Pois é, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), quanto mais os jovens conseguem se inserir em um curso de graduação, menos eles ficam dependentes da renda dos pais. Com isso, conseguem maior mobilidade social e aumentar sua renda.
Outra característica interessante de uma formação em uma universidade pública é estar imerso em um espaço que incentiva à diversidade. Isso vale tanto para quem vem de classes com maior vulnerabilidade social quanto para quem é de classes com maior segurança socioeconômica.
Por ser um espaço amplo, universal, que permite o acesso mais democrático, é possível encontrar nesses espaços estudantes de diferentes regiões, culturas, e histórico socioeconômico. As políticas de acesso ao Ensino Superior, como a Lei de Cotas, ainda ajudam mais nesse quesito.
Soma-se a isso, também, os programas de intercâmbio e convênios com instituições estrangeiras que, geralmente, as universidades públicas possuem. Assim, sua experiência vai além do conteúdo programático, preparando-o para experiência no mercado de trabalho.
Isso vale tanto para ter uma perspectiva mais empática com outras experiências diferentes da sua quanto, também, lidar com o mosaico cultural característico de um mundo globalizado. Aprender em um ambiente tão diversificado é uma experiência única!
O Ensino Superior público é amparado no tripé ensino — pesquisa — extensão. Isso significa que o estudante poderá ter acesso a esses três pontos em sua formação.
No quesito ensino, é o seu aprendizado em si durante a formação. Mas não é só isso. Muitas instituições concedem bolsas remuneradas para alunos que desejam participar de programas de monitoria, ensinando e ajudando colegas que tenham dificuldades em disciplinas difíceis.
Já para quem quer mergulhar no mundo da pesquisa, pode contar com as bolsas de iniciação científica (com opções remuneradas e voluntárias). Com acompanhamento de um professor orientador, você participará de uma pesquisa científica em andamento, o que poderá abrir portas, no futuro, para um mestrado ou doutorado.
Para quem deseja participar de projetos de extensão, as faculdades e universidades públicas entregam diversos serviços para a comunidade. Estão entre eles (e que os estudantes podem participar por meio de projetos de extensão):
Essas experiências são essenciais para o crescimento pessoal e profissional dos estudantes, expandindo suas perspectivas e preparando-os para desafios futuros. E se você quiser, pode mergulhar nelas todas ao longo da sua formação. Bacana, não é mesmo?
Como você viu anteriormente, muitas vezes, um aluno não consegue se manter em uma instituição, mesmo pública, para conseguir se formar. Em algumas situações, ele pode precisar escolher entre assistir às aulas ou trabalhar para sustentar-se e a seus familiares, por exemplo.
Reconhecendo essas questões relacionadas com desigualdades sociais e para tornar esse ambiente mais acolhedor para pessoas nessas situações, as universidades públicas adotam diversos programas de auxílio permanência.
Entre as possibilidades, estão:
Essas iniciativas ajudam a criar um ambiente de apoio e acolhimento, abordando tanto as necessidades financeiras quanto emocionais dos alunos. Esse compromisso com a inclusão e o bem-estar estudantil está ligada com a missão da democratização do ensino que essas instituições possuem.
Um dos pontos que auxilia na alta avaliação que você viu no começo deste artigo é a qualificação do corpo docente. Obrigatoriamente, a titulação mínima é mestrado, porém, a maioria dos docentes são doutores em suas áreas de conhecimento.
Além disso, a maioria dos principais pesquisadores nas áreas estão nas universidades públicas. Eles trazem para a sala de aula não só o conhecimento teórico, mas também vasta experiência prática e inovações da pesquisa atual.
Com isso, os alunos conseguem ter acesso a uma educação de qualidade, atualizada, alinhada com os principais desafios atuais. Outro ponto é que ter ao seu lado os melhores professores ajuda a abrir portas para oportunidades de pesquisa, estágios e projetos que podem ser decisivos na carreira dos alunos.
Por exemplo, se você tiver um bom orientador em um projeto de Iniciação Científica e publicar trabalhos junto a ele, isso poderá ajudá-lo nas pontuações de análise de Currículo Lattes (o currículo do mundo acadêmico) nos processos de seleção de mestrado no futuro.
E não acabou por aqui! Dentro do ambiente interno das universidades públicas, há o incentivo da criação de empresas juniores. Esses modelos são criados e gerenciados pelos próprios estudantes.
Elas conseguem utilizar o espaço e infraestrutura da universidade pública e conseguem oferecer serviços para comunidade por um preço acessível. Essa é uma oportunidade incrível de aplicar conhecimentos teóricos em um contexto prático.
Muitos alunos que participam desses projetos conseguem bons contatos para saírem da graduação já empregados em grandes empresas. Além disso, muitos dos futuros profissionais desses espaços já saem preparados para serem grandes lideranças.
As empresas juniores ensinam os alunos a enfrentarem desafios reais do mercado, desenvolvendo habilidades como liderança, trabalho em equipe, e gestão de projetos. Além disso, também ajuda a incentivar o espírito empreendedor e de inovação.
Um dos destaques das universidades públicas é, também, ter um papel forte na inovação no país em diferentes áreas. Não é à toa, por exemplo, que esse é um dos critérios presentes no RUF, da Folha.
Inclusive, outra curiosidade: entre as 10 instituições mais bem pontuadas nesse critério em 2023, 9 são públicas — a exceção é a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Estão entre elas:
Além disso, entre os 50 maiores criadores de patentes no Brasil, 32 são instituições públicas, ultrapassando o número das empresas privadas. Mas por que isso acontece?
Em primeiro lugar, as universidades públicas podem contar com financiamentos de pesquisa via agências de fomento, tais como:
Com isso, os estudantes podem estar constantemente imersos nesse ambiente de inovação, ajudando a desenvolver a criatividade e espírito de pesquisa. Assim, podem contribuir significativamente para solucionar desafios contemporâneos, desde questões ambientais até avanços na medicina e tecnologia.
Essa interação entre a área academia e mercado não só fortalece a economia nacional, mas também posiciona o país no mapa global da inovação, destacando o papel fundamental das universidades públicas no progresso científico e tecnológico.
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