Vestibular em outros países: veja como funciona
Além de provas, também há entrevistas e cartas de referência de professores
Aqui no Brasil estamos vivendo a expectativa do resultado do Enem e a fase final dos principais vestibulares do país. A tão sonhada vaga em uma grande universidade está cada vez mais perto de muitos estudantes. Você já parou para pensar como deve ser esse processo de seleção de novos alunos em instituições do exterior? Será que é parecido com o brasileiro, ou não tem nada a ver? Neste post, vamos mostrar como funciona o vestibular em outros países.
Boa parte das universidades estaduais e federais do país utilizam a nota do Enem como critério de escolha para decidir quem poderá cursar uma faculdade. Outras instituições optam pelo vestibular misto, com avaliação própria em conjunto com o Exame Nacional do Ensino Médio. E ainda há um terceiro grupo que realiza prova única, própria, para selecionar seus candidatos.
Vestibular ao redor do mundo
Em alguns países do exterior, o processo seletivo pode ser um pouco mais complexo e detalhado, fazendo análises do histórico escolar do estudante, tentando conhecê-lo um pouco além das respostas do vestibular. Em alguns casos, há até a realização de entrevistas e a solicitação de referência por parte dos professores do ensino médio. Curioso, não é?
Vestibular no Estados Unidos
A terra do Tio Sam é conhecida por concentrar algumas das universidades mais famosas do mundo, como Harvard, Yale e Stanford. Todas elas possuem um sistema de vestibular semelhante, mas bem diferente da tradicional prova brasileira. O processo seletivo americano tenta entender um pouco mais a fundo quem é o estudante que pretende ingressar na instituição.
Lá, também existe um teste de conhecimentos gerais que é obrigatório a todos os estudantes. Existem duas opções de provas que eles podem escolher, cada uma com suas peculiaridades e ambas aceitas pelas principais universidades do país. Uma delas, mais popular, é o Teste de Aptidão Escolástica (SAT, na sigla em inglês), que avalia matemática, leitura crítica e redação.
A outra prova é o Teste da Universidade Americana (ACT, na sigla em inglês), que avalia conhecimentos em inglês, matemática, leitura, ciências (física, química e biologia) e redação, que é uma parte opcional do teste.
Além disso, é preciso apresentar duas cartas de recomendação escritas por professores diferentes, histórico escolar completo e carta de recomendação do conselheiro do colégio. Para os estudantes do último ano do ensino médio, ainda é preciso um histórico escolar do primeiro semestre.
Simples, não é mesmo?
Vestibular no Reino Unido
A terra da Rainha também não fica atrás quando o assunto é universidade de qualidade. Entre as principais do país, o Reino Unido é lar de Oxford e Cambridge, duas instituições de ensino superior que são referência de qualidade ao redor do mundo.
No Reino Unido também é preciso realizar um teste de conhecimentos gerais para obter uma nota que irá compor toda a sua avaliação durante o vestibular. Lá, a inscrição para o vestibular de todas as universidades é feita por um sistema único, o Serviço de Admissão de Universidades e Faculdades (UCAS, na sigla em inglês).
No UCAS, você informa o curso que gostaria de fazer e tem a opção de definir o campus da universidade em que gostaria de estudar, ou deixar sua inscrição aberta para que a instituição defina por você em que campus irá estudar.
Vestibular em etapas
As próximas etapas incluem o envio de histórico escolar completo e comprovante de realizações acadêmicas e projetos em que você participou. Além disso, também há a elaboração de uma redação. Após ser classificado em todas essas fases, é preciso passar por uma entrevista final, que irá definir os aprovados no vestibular.
Anualmente, cerca de 10 mil candidatos são chamados para a fase de entrevista em Oxford. Desse total, são 3,5 mil aprovados para ingressar em uma das instituições mais tradicionais do país.
Achou simples?
Vestibular na Austrália
A terra dos cangurus é famosa por ter um estilo de vida mais tranquilo, sem preocupações, mas isso não vale para o vestibular das principais instituições do país, como as universidades de Sydney e Melbourne, as duas maiores cidades da Austrália.
Para começar, o ensino médio precisa ser concluído em uma instituição reconhecida e aceita pelas universidades. A partir daí, é preciso ter a nota mínima no teste de aptidão, nota mínima que comprove a proficiência na língua inglesa (isso é muito importante para estudantes estrangeiros) e nota mínima em matemática.
O histórico escolar completo também faz parte do processo de avaliação da Austrália. Lá, os estudantes do ensino médio realizam o teste conhecido como Ranking de Admissão do Ensino Superior Australiano (ATAR, na sigla em inglês). O resultado dessa prova indica em que posição o estudante se enquadra na comparação com outros alunos do mesmo ano que ele.
Todos esses pontos são levados em consideração antes de a universidade finalmente aprovar um candidato para uma das super concorridas vagas.
Olhando assim, fica a impressão de que o vestibular no Brasil é mais simples, não é? Ou você acha o nosso mais complexo?
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