
Curso de Geofísica: o guia completo!
Entender como funciona o nosso mundo passa muito pelo entendimento dos processos físicos e da dinâmica da Terra. Se considerarmos apenas a superfície do planeta estamos falando de mais de meio milhão de quilômetros quadrados! É um ambiente extremamente complexo e que demanda dos profissionais que o estudam uma grande habilidade de conexão entre os elementos e processos existentes.
E o cientista capaz de compreender todos esses processos do planeta Terra se chama geofísico, formando no curso de Geofísica. Quer saber mais sobre o curso, a profissão e o mercado de trabalho para essa área? Então continue de olho neste guia completo!
O que é Geofísica?
A Geofísica é a ciência que estuda a estrutura, a composição, os processos, as propriedades físicas e a dinâmica entre os elementos da Terra. Diferentemente da Geografia, que traz uma abordagem que se relaciona com os processos e a dinâmica da vida humana no planeta, a Geofísica estuda esses processos por meio de um viés voltado para os procedimentos da Física.
Além disso, podemos dizer que a Geofísica aborda esses ambientes com uma visão sistêmica e diferenciada da Geologia, que tem como principal objeto de estudo as rochas e sua dinâmica. Ela investiga, então, o subterrâneo por meio de medidas indiretas, podendo ser dividida em Geofísica Global (pura) e Geofísica de Prospecção (aplicada).
Curso de Geofísica
Em termos de currículo, o curso de Geofísica pode ser considerado facilmente como um dos mais complexos entre as graduações em ensino superior. Isso porque ele faz a conexão entre a visão sistêmica da Geografia e o aprofundamento teórico da Física.
Dessa forma, Computação, Matemática, Química e Física compõem as bases do conhecimento da Geofísica, aplicando-as no estudo da dinâmica do planeta. Não é exagero dizer, portanto, que a exigência desse curso é muito grande, uma vez que a interdisciplinaridade acontece do primeiro ao último semestre letivo.
Geofísica faculdades
Atualmente apenas algumas instituições de ensino oferecem o curso de Geofísica nas modalidades de graduação, mestrado ou doutorado. Pela sua complexidade, poucos são os alunos que conseguem se formar dentro do tempo previsto de 5 anos.
Na graduação, apenas 8 universidades oferecem no seu catálogo o curso de Geofísica. Algumas são mais voltadas para a área de pesquisa acadêmica, enquanto outras focam mais nas demandas do mercado de trabalho. Por isso, é interessante procurar saber mais sobre as peculiaridades de cada uma e planejar a sua carreira antes de tentar uma vaga no vestibular. Nem sempre a universidade mais bem avaliada vai de encontro com as suas expectativas.
Geofísica USP
A Universidade de São Paulo, ou USP, é a instituição de ensino superior que oferece o curso de Geofísica há mais tempo no Brasil. Fundado em 1984, o curso de Geofísica da USP abre, anualmente, 30 vagas.
Com uma abordagem muito forte na vertente da Geofísica Pura, disciplinas como Programação e Física são o forte do curso da USP, bem como as áreas de estudo da Sismologia e da Geofísica Espacial.
Por ser uma das universidades mais conhecidas do Brasil, a USP reúne alunos de todo o Brasil, fazendo com que o seu curso de Geofísica seja um dos mais disputados do país. Com um programa de pós-graduação muito forte, a universidade ainda recebe geofísicos de todo o mundo, sendo o seu Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – IAG uma das principais referências sobre o assunto.
Geofísica UNB
A Universidade de Brasília – UNB é uma das instituições mais recentes a oferecer o curso de Geofísica no Brasil. Funcionando desde 2009, o curso abre 30 vagas a cada semestre, totalizando 60 novos alunos todos os anos.
A Geofísica da UNB é voltada principalmente para a exploração mineral, mas a Geofísica Ambiental e a Sismologia vêm ganhando espaço no departamento da universidade.
Diferença entre Geologia e Geofísica
Por trazer uma abordagem voltada para os processos e para as dinâmicas físicas da Terra, é muito comum confundir Geofísica com a Geologia. Entretanto, apesar de partilharem parte do mesmo objeto de estudo, ambas as ciências atuam de maneira distinta, com focos muito diferentes uma da outra.
A Geologia é uma ciência que tem como objetivo estudar a estrutura e a composição química do planeta Terra, com foco nas rochas e minerais. Sua abordagem inclui, ainda, a dinâmica e a evolução temporal das estruturas do planeta, bem como a aplicação desses conhecimentos em projetos e empreendimentos de mineração e de cunho ambiental.
Por sua vez, a Geofísica compartilha com a Geologia o interesse pela estrutura da Terra e o interior do planeta. Entretanto, a sua abordagem parte de princípios da Física, mais indiretos, como o comportamento de ondas eletromagnéticas, sua interação com as rochas do subsolo e a emissão de radiação.
No que diz respeito ao currículo dos cursos de graduação das duas ciências, as diferenças ficam ainda mais claras. Enquanto a Geologia se interessa mais pela composição química e a interação das rochas com a formação do modelado da superfície da Terra, a Geofísica se aprofunda mais nas propriedades físicas das rochas, como condução eletromagnética, radiação e condutividade elétrica.
Geofísica grade curricular
Existem diversas opções de cursos de Geofísica espalhadas por todo o Brasil, tanto em universidades públicas quanto em instituições de ensino privadas. Naturalmente, as universidades públicas acabam oferecendo os cursos mais bem avaliados, como é de praxe no Brasil.
No caso do curso de Geofísica, podemos considerar a Universidade de São Paulo – USP como a melhor escolha, pois a mesma se encontra no topo do Ranking Universitário Folha – RUF tanto para a categoria de Física quanto para a categoria de Geografia.
Por isso, listamos a seguir a grade curricular completa do curso de Geofísica da USP para que você possa se familiarizar com as abordagens do curso e entender como o mesmo funciona. Como você poderá perceber, o curso é um híbrido entre disciplinas de análise geográfica e um grande aprofundamento de conteúdos voltados para a Física.
Disciplinas Obrigatórias
1º Período Ideal
- Física I;
- Física Experimental I;
- Problemas Integrados em Ciências da Terra I;
- Introdução à Geofísica I;
- Cálculo Diferencial e Integral I;
- Vetores e Geometria.
2º Período Ideal
- Geologia Geral;
- Física II;
- Física Experimental II;
- Problemas Integrados em Ciências da Terra II;
- Introdução à Geofísica II;
- Cálculo Diferencial e Integral II.
3º Período Ideal
- Física III;
- Física Experimental III;
- Princípios de Geologia Sedimentar;
- Cálculo Diferencial e Integral III.
4º Período Ideal
- Física IV;
- Métodos de Campo em Geofísica;
- Introdução à Computação para Ciências Exatas e Tecnologia;
- Cálculo Diferencial e Integral IV.
5º Período Ideal
- Sísmica I;
- Métodos Matemáticos em Geofísica;
- Processamento de Sinais Digitais.
6º Período Ideal
- Sondagens Eletromagnéticas;
- Sísmica II: Aplicações em Petróleo, Geotecnia, Água e Meio Ambiente;
- Cálculo Numérico com Aplicações em Física.
7º Período Ideal
- Evolução e Dinâmica Interna da Terra;
- Prospecção Geoelétrica Rasa: Aplicação em Prospecção Mineral, Água Subterrânea e Meio Ambiente;
- Elementos de Geologia Estrutural.
8º Período Ideal
- Perfilagem Geofísica;
- Gravimetria e Magnetometria Aplicadas à Prospecção de Bens Minerais e Estruturas Crustais.
9º Período Ideal
- Trabalho de Graduação I (iniciação).
10º Período Ideal
- Trabalho de Graduação II (final).
Disciplinas Optativas Eletivas
2º Período Ideal
- Laboratório de Física da Terra e do Universo;
- Tópicos de Astronomia para Geofísicos;
- Geoquímica Ambiental;
- Geoquímica de Ambientes Superficiais;
- Tectônica dos Oceanos.
4º Período Ideal
- Física Experimental IV;
- Atividade Solar e Suas Implicações na Terra;
- Introdução à Petrofísica;
- Álgebra Linear I.
5º Período Ideal
- Geomatemática Aplicada;
- Métodos Estatísticos em Física Experimental;
- Astronomia de Posição;
- Física do Interior da Terra;
- Introdução ao Método Magnetotelúrico e suas Aplicações;
- Geofísica Nuclear;
- Paleontologia Geral.
6º Período Ideal
- Mecânica I;
- Fundamentos de Astronomia;
- Computação para Geofísicos.
7º Período Ideal
- Mecânica dos Fluidos;
- Termodinâmica;
- Sismicidade e Sismotectônica;
- Introdução ao Fenômeno de Transporte em Meios Porosos;
- Calor da Terra: Conceitos e Aplicações;
- Gestão e Estratégia na Indústria do Petróleo e do Gás Natural.
8º Período Ideal
- Processos Formadores de Depósitos Minerais;
- Eletromagnetismo I;
- Física Quântica;
- Física Experimental V;
- Técnicas Nucleares Aplicadas às Geociências e Meio Ambiente;
- Inversão de Dados Geofísicos;
- Geomagnetismo;
- Geofísica Marinha e de Bacias Sedimentares;
- Hidrogeologia e Recursos Hídricos;
- Sismoestratigrafia.
9º Período Ideal
- Teoria de Ondas Sísmicas e Estrutura da Terra;
- Modelos Quantitativos de Bacias Sedimentares;
- Métodos Geoelétricos;
- G P R: Aplicações em Geologia, Geotecnia, Meio Ambiente e Planejamento Urbano;
- Geologia do Petróleo;
- Aplicações Geológicas de Geoprocessamento;
- Aplicações de Processamento Digital de Imagens.
10º Período Ideal
- Métodos Sísmicos de Prospecção;
- Geofísica da América do Sul.
Disciplinas Optativas Livres
8º Período Ideal
- Aeromagnetometria e Aerogamaespectrometria.
Geofísica: nota de corte
O SISU – Sistema de Seleção Unificada é o principal caminho para se conseguir entrar no ensino superior, por meio da nota do Enem, nos dias de hoje. Com uma ampla concorrência, aberta para candidatos de todo o Brasil, é possível conseguir uma vaga na universidade em qualquer instituição do país, sem a necessidade de se deslocar até a cidade da mesma para realizar as provas. Por isso, com um grande número de candidatos concorrendo a poucas vagas, é muito comum que a aprovação se dê por poucos pontos.
Assim, para que você tenha uma ideia do que vai encontrar pela frente, listamos abaixo as seis maiores notas de corte do SISU para o curso de Geofísica em faculdades de todo o país, segundo os registros disponíveis. Listamos, também, as dez maiores notas de corte para Geografia e Física.
A nota de corte funciona como uma referência do último concurso realizado, sendo ideal analisar como os candidatos do ano anterior se saíram nas provas. Assim, os valores listados abaixo traduzem a nota obtida pelo último classificado. É importante lembrar que a nota de corte varia de ano para ano e, por isso, não pode ser encarada como uma meta, mas apenas como referência.
Seis maiores notas de corte de Geofísica
- Universidade Federal do Pará (Cidade Universitária José Da Silveira Netto) – Integral: 751 pontos;
- Universidade de Brasília – UNB (Campus Universitário Darcy Ribeiro) – Integral: 707 pontos;
- Universidade Federal Fluminense – UFF (Campus da Praia Vermelha) – Integral: 694 pontos;
- Universidade Federal da Bahia – UFBA (Campus Federação – Ondina) – Integral: 678 pontos;
- Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Campus de Natal) – Integral: 638 pontos;
- Fundação Universidade Federal do Pampa – Unipampa (Campus Caçapava do Sul) – Integral: 589 pontos.
Dez maiores notas de corte de Geografia
- Universidade Federal do Pará (Cidade Universitária José Da Silveira Netto) – Noturno: 758 pontos;
- Universidade Federal do Pará (Cidade Universitária José Da Silveira Netto) – Matutino: 752 pontos;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Campus de Iguatu) – Matutino: 741 pontos;
- Universidade Federal do Pará (Campus Universitário de Ananindeua) – Noturno: 704 pontos;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Campus de Quixadá) – Noturno: 727 pontos;
- Universidade Federal do Pará (Campus Universitário de Cametá) – Noturno: 725 pontos;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Campus de Cratéus) – Integral: 725 pontos;
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cidade Universitária) – Integral: 712 pontos;
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Campus de Marabá Unidade I) – Matutino: 701 pontos;
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Campus de Marabá Unidade II) – Matutino: 699 pontos.
Dez maiores notas de corte de Física
- Universidade de São Paulo (Instituto de Física – IF) – Matutino: 802 pontos;
- Universidade de São Paulo (Instituto de Física – IF) – Noturno: 789 pontos;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Campus de Fortaleza) – Noturno: 787 pontos;
- Universidade Federal do Pará (Cidade Universitária José da Silveira Netto) – Matutino: 763 pontos;
- Universidade de São Paulo (Instituto de Física de São Carlos – IFSC) – Integral: 760 pontos;
- Universidade Federal do Pará (Cidade Universitária José da Silveira Netto) – Vespertino: 756 pontos;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Campus de Sobral) – Noturno: 756 pontos;
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cidade Universitária) – Integral: 749 pontos;
- Universidade Federal de Pernambuco (Campus Universitário Cidade do Recife) – Integral: 747 pontos;
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (Cidade Universitária) – Integral: 744 pontos.
O profissional de Geofísica
O profissional que trabalha com a ciência da Geofísica é o chamado geofísico. Ele é o responsável por buscar compreender o comportamento de todas as camadas da Terra, da superfície ao núcleo, de acordo com as leis da Física, Química e Matemática.
Ainda faz parte do seu trabalho o cálculo da movimentação do solo, do comportamento dos vulcões e da intensidade de fenômenos da natureza, como sismos e maremotos. Compreender a composição físico-química dos oceanos e das rochas também faz parte da atuação do geofísico.
Perfil do geofísico
Para se tornar um geofísico é necessário ter uma grande paixão pelas ciências da terra, além de saber lidar com elementos e conceitos abstratos, como é comum para os físicos. Um bom geofísico tem, ainda, grande capacidade de observação, consegue analisar dados e informações de maneira dinâmica e, ainda, professa grande respeito pela natureza e o meio ambiente.
Quando atua em empresas e organizações com focos específicos, como mineradoras e órgãos governamentais, o geofísico ainda precisa conseguir correlacionar os seus conhecimentos com os objetivos do local onde trabalha, aplicando de forma prática e auxiliando na compreensão das dinâmicas que fazem parte do seu dia a dia.
Geofísicos que atuam em mineradoras, por exemplo, têm uma grande responsabilidade de conectar o comportamento do substrato rochoso com as dinâmicas da superfície, garantindo assim que a exploração ocorra sem maiores problemas, minimizando os riscos e aumentando a produtividade da organização.
Por sua vez, aqueles geofísicos que atuam com pesquisa, principalmente por meio da chamada Geofísica Pura, são responsáveis pelas descobertas científicas que pautam a exploração do planeta e o conhecimento das complexas dinâmicas que acontecem na superfície e no subsolo da Terra.
Geofísica salário
Os salários para os profissionais da Geofísica variam, principalmente, de acordo com o local onde trabalham e a função que exercem. Como é comum no Brasil, a área de pesquisa não é tão valorizada quanto outras do mercado de trabalho, de modo que é frequente a saída de pesquisadores e cientistas para exercerem sua profissão em outros países.
Por sua vez, no mercado de trabalho mais aplicado, como em empresas de mineração, os salários são muito bons e podem ultrapassar facilmente a casa dos R$ 10.000 mensais. No Brasil, a média salarial para a profissão fica em torno dos R$ 7.000.
A experiência do profissional também é um dos fatores mais relevantes na hora de compararmos os salários recebidos, além do tamanho das empresas que oferecem tais cargos. De trainees a profissionais másters, os salários podem variar da seguinte maneira:
Pequena Empresa:
- Trainee – R$ 1.726,10;
- Junior – R$ 2.157,63;
- Pleno – R$ 2.697,04;
- Sênior – R$ 3.371,30;
- Master – R$ 4.214,13.
Média Empresa:
- Trainee – R$ 2.243,94;
- Junior – R$ 2.804,92;
- Pleno – R$ 3.506,15;
- Sênior – R$ 4.382,69;
- Master – R$5.478,36.
Grande Empresa:
- Trainee – R$ 2.917,12;
- Junior – R$ 3.646,40;
- Pleno – R$ 4.558,00;
- Sênior – R$ 5.697,50;
- Master – R$ 7.121,88.
Levando em consideração os profissionais atualmente registrados no regime CLT no Brasil, é possível encontrar geofísicos que recebem até R$ 15.173,97. Contribui para esse cenário valorizado a escassez de profissionais no mercado, principalmente pela complexidade do curso e a baixa quantidade de instituições de ensino que oferecem a graduação em Geofísica.
Dessa forma, o cenário para os alunos de Geofísica que buscam atuar em estágios também é bastante favorável, uma vez que a concorrência não é tão grande quanto outras áreas. A inserção no mercado é mais fácil, já que é possível conseguir uma efetivação a partir de um programa de estágio ou de uma bolsa trainee.
Mercado de trabalho
Um geofísico formado tem um vasto campo de atuação, podendo trabalhar em diferentes frentes como:
Construção civil – nesse campo o geofísico estuda as características do solo e do subsolo para a sustentação da obra. Localizar dutos d`água, tubulações de gás e implantar projetos e fundações em terrenos são algumas das atribuições do geofísico que atua na construção civil.
Ensino e pesquisa – uma das áreas mais fortes da Geofísica, o ensino e a pesquisa é muito forte nas universidades brasileiras. Aqui é comum que os geofísicos que realizam pesquisas nas universidades também lecionem para alunos do curso de Geofísica.
Geofísica ambiental – nessa área o geofísico investiga as dinâmicas do solo, a poluição das águas subterrâneas, analisa os impactos ambientais dos grandes empreendimentos e atua em consultorias ambientais e órgãos governamentais e não-governamentais.
Geofísica forense – aqui o geofísico tem uma atuação bastante específica, auxiliando investigações criminais, principalmente nas análises de cemitérios clandestinos.
Geofísica e engenharia petrolífera – outra área muito forte da Geofísica, onde o conhecimento dos profissionais é bastante valorizado. Aqui o geofísico analisa e estuda dados provenientes de reservas de petróleo, além de acompanhar a exploração lado a lado com equipes multidisciplinares.
Mineração – no atual contexto brasileiro, a mineração ainda é um dos setores mais aquecidos do mercado de trabalho. Nessa área, o geofísico é responsável pela coleta de dados de campo, análises laboratoriais e processamentos em computador de informações sobre reservas minerais e sua viabilidade para exploração. Por meio de métodos indiretos, o geofísico é o profissional capacitado a avaliar a pureza dos minerais a serem explorados, bem como a viabilidade estrutural do empreendimento.
De maneira geral, o mercado de trabalho para o profissional geofísico está em pleno crescimento, principalmente para aquelas pessoas que pretendem trabalhar no ramo do petróleo. Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Amazonas são os estados brasileiros que oferecem melhores condições e oportunidades de trabalho para geofísicos. Entretanto, devido à falta de profissionais no mercado, é possível se inserir em vários centros urbanos, principalmente para atuar com a viabilidade e análise de grandes obras.
Vale ressaltar que é fundamental que o profissional tenha disponibilidade para viajar e, principalmente, realizar atividades de campo, uma vez que essas são parte crucial da atuação do geofísico. Além disso, é desejável um bom nível de inglês, uma vez que as principais publicações científicas da área se encontram nesse idioma.
A Geofísica é uma área que traz grandes desafios para quem pretende encará-la como uma carreira. Apesar de toda a sua complexidade, também oferece um mercado de trabalho bastante favorável, com ótimos salários e grandes oportunidades.
Gostou deste guia? Acredita que a Geofísica é a carreira da sua vida? Então não deixe de conferir o nosso plano de estudos. Com ele você se prepara ainda melhor para as provas do Enem e aumenta as suas chances de conseguir uma vaga nesse curso tão concorrido!