A importância da leitura para se escrever uma redação excelente
Ei, estudante! Você tem noção da importância da leitura para se escrever uma redação excelente? Veja o que a Profª Letícia do Stoodi preparou especialmente pra você entender e também algumas dicas de como começar!
Está bem, admito, escrever não é tarefa das mais fáceis. Eu mesma, para começar a desenvolver este texto, levei dias rascunhando, lendo sobre o que já temos publicado aqui no blog do Stoodi e pensando na ordem das informações para que você as interprete de forma adequada e inspiradora enquanto o lê.
Simples: ter conhecimento e dominar a técnica não garante que alguém se sente e saia escrevendo com fluidez. Além das várias etapas que já mencionei nas nossas lives e videoaulas – como a importância do projeto de texto, por exemplo – a fim de “preparar o terreno” para o texto, existe um hábito precioso que deveríamos cultivar se quisermos tornar o ato de escrever menos penoso e (por que não?) mais prazeroso: o da leitura.
Esse conselho é bem batido, mas, como todo clichê, verdadeiríssimo. É claro que é possível, sim, não sermos leitoras e leitores assíduos e ainda assim conseguirmos fazer uma interpretação dos textos de apoio que resulte em uma boa redação. O ponto que divido com você aqui é que, se a leitura atenta – e aqui não me refiro apenas a textos verbais, mas também aos não-verbais e aos contextos cotidianos – passar a fazer parte do seu dia a dia, você enfrentará menos dificuldades de entender o propósito da temática e poderá, consequentemente, dedicar mais tempo a uma seleção cuidadosa de seus argumentos, organizando e revisando seu texto de forma estratégica.
Mas veja bem: você também não precisa ser uma devoradora de livros insaciável, muito menos carregar um livro, jornal ou leitor digital debaixo do braço para ler em qualquer oportunidade possível – embora isso ajude bastante quem tem pouco tempo para se dedicar à leitura. Assim como qualquer hábito, primeiro você precisa compreender os benefícios que colherá no longo prazo e, enfim, começar.
- Como? No seu ritmo.
- Quanto? O quanto a sua concentração permitir.
- Quando? Agora!
Para isso, porém, é importante que você identifique o seu próprio padrão de leitura. Você pode partir das seguintes perguntas:
O que eu gosto de ler?
Não existe resposta certa. Vale gibi, revista esportiva, o resumo da novela (alô, pantaneiras!). Leia aquilo que desperte seu interesse, que te aguce a curiosidade, que te faça querer saber mais sobre aquele assunto ou história. Reflita comigo: se para uma pessoa sedentária correr 5km é um martírio frustrante, de nada vai adiantar você se lançar a clássicos da literatura se a linguagem ou o próprio conteúdo não forem interessantes para você, concorda? Observar suas preferências é, inclusive, um convite para você se conhecer melhor.
Através de que objeto eu prefiro ler?
Pode ser um leitor digital, um livro físico ou mesmo seu celular. Apesar de não ser recomendável estar com os olhos grudados nas telas por longos períodos, se você já está com o dispositivo em mãos, por que não começar rolando menos a “timeline” e se aprofundando mais nas legendas das redes sociais? Por que não clicar para fazer a leitura completa de uma notícia em vez de apenas compartilhar a manchete? Por que não acessar um blog literário e se deixar levar pela poesia digital enquanto os vagões do metrô deslizam de uma estação a outra?
Onde a leitura se faz mais confortável para mim?
Eu tenho alguns rituais os quais coloco em prática toda vez que quero iniciar uma leitura. Se for um livro, por exemplo, deixo o objeto em lugares estratégicos para que esteja sempre à vista, mesmo que eu não mergulhe nas entrelinhas logo de cara. Aprecio a textura da capa, leio as orelhas, folheio e cheiro as páginas (sim, sou dessas), passo os olhos pelo índice, coloco o marcador de página na introdução, confiro a quantidade de páginas… e, claro, vou levando o coitado para todos os cantos da casa (e na mochila também).
Em que momento do dia me sinto mais concentrada?
Não tem jeito, leitura exige concentração. Por isso, se você reservar uma manhã sonolenta ou uma noite depois de um dia exaustivo para sua leitura, provavelmente dará com os burros n’água. Até que o ato de ler se torne um hábito tão natural quanto escovar os dentes, o ideal é que você o associe a momentos relaxantes e prazerosos em que sua atenção possa estar totalmente voltada para essa ação. E, falando nisso, não preciso nem dizer que o celular acendendo novas notificações do seu lado é o inimigo número um nessa empreitada, né?
Depois desse diagnóstico, você poderá escolher um conto, uma poesia, uma notícia, um tópico disciplinar ou mesmo uma receita para começar.
Daí, basta:
- Criar seus próprios rituais de leitura;
- Preparar seu espaço (físico ou mental, caso você só consiga ler no ônibus a caminho da escola);
- Estabelecer suas metas diárias (cinco páginas, um capítulo ou 15 minutos por dia, por exemplo);
- Dar um descanso das redes sociais;
- E se entregar completamente à leitura.
Eu garanto que, se você puder incorporar esse hábito no seu cotidiano de forma simples e despretensiosa, em pouco tempo vai começar a perceber os benefícios sobre os quais já falamos no texto “8 motivos para você desenvolver o hábito da leitura”, como ampliação de vocabulário e uma melhora significativa na interpretação de texto, como também já escrevemos neste post aqui.
E o mais importante: você vai sentir muito mais leveza na hora de colocar a mão na massa da escrita, pois estará sempre inspirada(o) por outras narrativas, conteúdos, informações, textos, imagens, filmes e podcasts relevantes; com seu senso crítico aguçado para a habilidade de fazer associações entre os diversos eventos que ocorrem na sua rua, na sua cidade, no Brasil e no mundo; além de desenvolver uma capacidade reflexiva sobre a condição humana que trará mais clareza sobre as situações-problema apresentadas nas diversas propostas de redação e até mesmo um alívio para sua saúde mental.
E aí, o que ainda te impede de começar?
Conte para mim e conte comigo rumo à nota mil!
Com carinho,
Prof. Lets.
1 comments
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