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Enade: o que é, para que serve e tudo o que você precisa saber

Ao pesquisar sobre cursos de Ensino Superior, você já deve ter visto uma questão que aparece bastante: a publicação da nota do Enade. Caso esteja começando nesse processo, é bem possível que seja seu primeiro contato com o termo, não é mesmo?

Então, vem com a gente! Vamos explicar tudo sobre uma das provas mais importantes para avaliação de cursos do ensino superior do Brasil, que pode influenciar na sua escolha das melhores opções de faculdades e universidades.

Vamos juntos nessa!

O que é o Enade?

O Enade é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes. É uma prova que avalia o rendimento dos alunos que estão concluindo os cursos de graduação, conforme os conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares.

A realização da avaliação é feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o mesmo responsável pela elaboração do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A prova é realizada todos os anos, porém, não são todos os cursos que realizam essa prova anualmente. A cada ano, uma área do Ciclo Avaliativo do Enade é escolhida para realizar o exame.

Os alunos dos cursos de graduação são avisados pela coordenação local sobre a obrigatoriedade de realizar o exame naquele ano.

Para o que serve o Enade?

O Enade é uma avaliação que visa identificar como está a qualidade de ensino nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil. Pense nele como um mapa que identifica se a qualidade do ensino naquela área está indo bem ou se é preciso fazer algumas correções de modo coletivo ou individual.

Por exemplo, o Ministério da Educação (MEC) pode identificar que, no último Enade, aconteceu uma queda geral na média das notas de um curso específico. Isso pode significar que os componentes curriculares das instituições não estão conseguindo se adequar às novidades da área.

Com isso, o MEC pode fazer uma intervenção direta, com políticas de incentivo à atualização, cursos para professores e programas de investimento em melhorias coletivas. Afinal, foi diagnosticado, por meio do Enade, que esse é um problema coletivo, e não local.

Da mesma forma, o Enade pode servir como um alerta de problemas individuais em um local específico. Por exemplo, se um curso recebe nota 1 ou 2, ele é acompanhado mais de perto pelo Ministério da Educação até a próxima realização do exame. Se as notas continuarem baixas, o curso pode ser proibido de abrir novas vagas.

A ideia do Enade não é ser punitivo, mas sim ser uma ferramenta de diagnóstico para que o Ministério da Educação, em conjunto com as instituições, possa pensar em medidas para melhorar a qualidade do Ensino Superior no Brasil.

E, claro, uma boa nota também é um ótimo chamariz para atrair novos estudantes para os cursos. Afinal, cursos com uma boa avaliação mostram que seus alunos saem com o conhecimento esperado para quem se forma naquela graduação.

Como é feito o Enade?

Agora que você sabe como o Enade é utilizado tanto pelo Ministério da Educação quanto pelas próprias instituições de Ensino Superior, venha conhecer um pouco mais sobre o formato da prova.

Ela é composta por 40 perguntas relacionadas com as áreas que ele aprendeu ao longo do curso. O tempo de realização da prova é 4 horas. O formato da prova é:

  • Formação Geral (FG): 10 questões de conhecimento geral que um aluno formando no Ensino Superior deve saber, sendo 8 de múltipla escolha e 2 discursivas (25% da prova);
  • Componentes Específicos (CE): 30 questões que fazem parte dos conhecimentos específicos do curso, sendo 27 de múltipla escolha e 3 discursivas (75% da prova).

Posteriormente, as provas são corrigidas e faz-se uma média geral da pontuação do Enade. Ao final, o curso daquela instituição pode receber notas entre 1 a 5, sendo:

  • 1 a 2: notas insatisfatórias;
  • 3: nota satisfatória;
  • 4 e 5: notas de alto nível de qualidade.

Quem deve fazer a prova do Enade?

Como você viu, não são todos os cursos que são avaliados anualmente. Afinal, são muitas opções disponíveis e isso tornaria a logística de aplicação inviável. Nesse caso, os cursos são divididos em três grupos.

No ano I, por exemplo, são avaliadas as áreas de conhecimento:

  • Bacharelados em Ciências Agrárias, Ciências da Saúde e áreas afins;
  • Bacharelados em Engenharias e Arquitetura e Urbanismo;
  • Tecnólogos nas áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança.

Já no ano II, são avaliados:

  • Bacharelados em Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Linguística, Letras, Artes e áreas afins;
  • Licenciaturas nas áreas de Ciências da Saúde; Ciências Humanas; Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra; Linguística, Letras e Artes;
  • Bacharelado nas áreas de Ciências Humanas e Ciências da Saúde, com cursos avaliados no âmbito das licenciaturas;
  • Tecnólogos nas áreas de Controle e Processos Industriais, Informação e Comunicação, Infraestrutura e Produção Industrial.

Por fim, no ano III, são avaliados os cursos de:

  • Bacharelados nas áreas de Ciências Sociais Aplicadas e áreas afins;
  • Bacharelados nas áreas de Ciências Humanas e áreas afins que não tenham cursos também avaliados no âmbito das licenciaturas;
  • Tecnólogos nas áreas de Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design.

Após as avaliações do ano III, são refeitas as avaliações do ano I, e assim sucessivamente. Quando o edital é lançado, é especificado qual será o grupo que será avaliado naquele ano e os coordenadores dos cursos avisam os alunos sobre a necessidade de realização do exame.

O que acontece com quem falta ao Enade?

Essa é uma dúvida comum para quem está entrando no curso superior agora: “se meu curso for avaliado, eu preciso fazer a prova, obrigatoriamente?”, a resposta é: sim. Quem for selecionado para o exame e não faz a prova pode passar por sanções por deixar de fazer o Enade.

A punição prevista no edital do Enade é que a pessoa fica impedida de colar grau e receber o diploma. A exceção é quando a falta é justificada, ou seja, em casos nos quais a pessoa esteja doente (com atestado médico) ou tenha alguma impossibilidade de chegar ao local de prova (como em casos de calamidade pública).

O que representa a nota do Enade?

Como você viu, a nota do Enade pode estar relacionada com a qualidade do ensino naquela instituição. Porém, ela não pode ser analisada de forma isolada, sabia disso?

Isso porque muitas questões podem estar relacionadas com uma nota baixa no Enade. E a própria assessoria de imprensa do Inep reforça isso: “Teoricamente o que se pode dizer, por exemplo, é que um curso 3 agrega mais valor do que um curso 2”, afirma a entidade.

Alguns exemplos de pontos que podem interferir em uma nota do Enade de forma isolada são:

  • A prova ter sido mais exigente naquele ano e ter baixado as médias gerais;
  • A cidade na qual o curso está localizado pode ter passado por alguma situação complexa (como uma catástrofe ambiental) e impactar no desempenho dos estudantes ao longo do ano;
  • Alto número de ausência de estudantes na realização da prova;
  • Pode ter ocorrido algum protesto de estudantes sobre a instituição naquele ano e a baixa nota ter sido algo isolado e pontual.

Como o Enade é importante para as universidades e faculdades?

O Enade é importante para as próprias universidades e faculdades, sejam públicas ou particulares, porque é uma das várias formas externas de avaliar a qualidade do curso e do ensino da sua instituição.

Uma boa nota no Enade evidencia que a formação está entregando ao mercado profissionais de qualidade, éticos e que aprenderam o necessário para exercerem suas profissões. Então, é uma forma de trazer mais estudantes para seus cursos e, também, ser um feedback interessante para indicar que a instituição está no caminho certo.

Além disso, o Enade é um dos principais componentes do Índice Geral de Cursos (IGC), que também avalia a qualidade dos cursos. Por isso, geralmente, instituições que têm cursos avaliados com notas 4 e 5 também tiram excelentes notas no IGC.

Como o Enade é importante para você escolher o seu curso dos sonhos?

Ok, e para você que está em busca do seu curso de Ensino Superior dos sonhos, como a nota do Enade pode auxiliar nesse momento? Você viu que ela não é determinante se um curso é, de fato, bom ou ruim, mas pode ser um bom parâmetro de partida.

Por exemplo, cursos que têm sustentado notas 4 e 5 em várias avaliações mostram que eles possuem uma boa solidez para proporcionar um ensino de qualidade para você. Por isso, é importante analisar não só isoladamente a nota, mas ver a tendência ao longo do tempo.

Além disso, o Enade pode ser analisado em conjunto com outros indicadores que ajudam a ter uma dimensão mais completa se um curso é de qualidade ou não, como o Índice Geral de Cursos (IGC) e o Ranking Universitário Folha (RUF).

Ambos utilizam essa nota como critério de avaliação. Porém, também abordam outros pontos que também contribuem para verificar se, de fato, um curso é de qualidade mesmo ou não.

Muitos contratantes analisam se o aluno veio de uma instituição de qualidade e analisam, justamente, a nota do Enade. Afinal, isso pode ser um importante indicativo de que a pessoa tem um bom conhecimento na área de atuação. Por isso, se você quer sair já com as portas abertas no mercado, esse é um ponto que vale a pena, sim, ficar de olho.

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Luciana Rodrigues

Doutoranda em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC. Mestra em Comunicação e Sociedade pela UFJF. Bacharel em Comunicação Social pela UFJF. Atua como redatora e copywriter desde 2013, escrevendo para diferentes segmentos, incluindo a área educacional. Também exerce atividade como conteudista.

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