Vestibular ou Enem: qual é a melhor opção para entrar na faculdade?
Atualmente há duas formas principais de acesso ao Ensino Superior no Brasil: realizando as provas de vestibulares próprios ou por meio do Enem, nas instituições que adotam essa prova como critério para o processo seletivo.
Muitas vezes, as provas possuem conteúdos muito semelhantes. Em outros casos, algumas diferenças podem aparecer (como as leituras obrigatórias). E, claro, uma dúvida costuma surgir? Vestibular ou Enem, qual é a melhor opção para entrar na faculdade?
Para você que tem essa dúvida, vem com a gente! O Stoodi explica as principais diferenças entre elas. Aproveite para tirar suas dúvidas!
O que é o vestibular?
O vestibular é uma prova produzida por cada instituição, com seus critérios próprios, como uma forma de seleção para os cursos de graduação. Os exames podem ser específicos de cada curso (como ocorre com a UNB, com o sistema de seleção tradicional e em muitas instituições particulares).
Eles podem, também, contemplar um grupo de instituições (como é o caso da Fuvest, que reúne a seleção das universidades estaduais de São Paulo). Nesse caso, cada instituição pode definir o seu modelo de prova, edital, cronograma, entre outros pontos.
O que é o Enem?
O Enem é o Exame Nacional do Ensino Médio e, originalmente, não era uma prova de acesso ao Ensino Superior. Ela foi criada para ser uma forma de avaliar a qualidade desse ensino no Brasil. Porém, a partir de 2010, com a criação do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), ele se tornou o principal exame de acesso às universidades e institutos públicos do país.
Além disso, a nota do Enem também é utilizada para acessar as bolsas disponíveis pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Quais as principais diferenças entre vestibular e Enem?
Apesar das provas começarem a ter mais semelhanças, justamente, para não complicar o preparo dos alunos que focam nos dois exames, ainda é possível encontrar algumas diferenças entre as provas. Confira os principais pontos a seguir.
Cronogramas
O cronograma do Enem é divulgado, normalmente, no mês de maio, junto com o seu edital e as provas são realizadas em edição única, em dois dias, no final do ano. Já os vestibulares seguem os cronogramas de cada instituição e podem variar conforme o calendário letivo da instituição.
Porém, normalmente, por uma questão logística, as provas são relativamente próximas, mas elas não cruzam datas entre si. Há uma tendência de que os vestibulares próprios não sejam na mesma data, permitindo que o estudante possa tentar mais de uma possibilidade de acesso ao Ensino Superior.
Perfil de prova
Durante muito tempo, o perfil de prova do Enem e vestibulares próprios tinham uma grande diferença. Isso, inclusive, muitas vezes atrapalhava os estudos dos alunos.
Enquanto o Enem era focado em ser mais contextual, com exemplos do cotidiano e longos textos (mesmo nas questões de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias), os vestibulares eram mais objetivos e direto ao ponto, favorecendo, muitas vezes, a memorização de conceitos.
Porém, ao longo do tempo e com o sucesso do Enem, o perfil da maioria dos vestibulares próprios começou a ficar mais semelhante ao do exame nacional. É, também, uma forma de tornar os processos seletivos mais tranquilos para o aluno, que não encontra um choque tão grande de diferenças entre elas.
Porém, ainda assim, é possível encontrar provas que são mais próximas do modelo “tradicional”. É o caso da Fuvest, que tende a cobrar pontos mais específicos sobre alguns temas, se comparamos com o Enem. Em outras palavras, é um exame mais conteudista, mas não necessariamente “decoreba”.
Possibilidade de provas seriadas
Algumas universidades públicas possuem processos de acesso próprios seriados, ou seja, o estudante pode fazer o exame ao final de cada ano do Ensino Médio, sem precisar concentrar o conhecimento de três anos em um único teste, tornando o processo mais tranquilo.
É o caso, por exemplo, do Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM), realizado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ou o Processo de Avaliação Seriada (PAS), adotado pela Universidade de Brasília (UnB)
Esse modelo é bem diferente do Enem, que deve ser feito sempre no final do terceiro ano do Ensino Médio. Ok, você possa fazer a prova como treineiro em outros anos, mas serão abordados conteúdos que não estudou ainda.
Leituras obrigatórias
Nos vestibulares próprios, algumas instituições exigem leituras obrigatórias para a prova de literatura. É o caso, por exemplo, da Fuvest, que sempre divulga a lista trienal (por exemplo, a lista para os processos para 2026-2029 já está disponível)
Já o Enem não aborda livros específicos, mas vai trazer, no edital, a necessidade de conhecer as principais escolas literárias e, a partir dos textos de referência, conseguir
Pontuação
Outra diferença bem-marcada entre os dois tipos de prova está na pontuação. Normalmente, nos vestibulares tradicionais, cada questão vale, de fato, um ponto. Você pode fazer o somatório dos pontos e saberá qual será a sua nota final, após a divulgação do gabarito.
Já o Enem utiliza como avaliação o sistema de Teoria de Resposta ao Item, que possui uma lógica própria e, por isso, só é possível saber a nota final no dia do lançamento na plataforma. Para entender mais, confira nosso artigo que explica tudo sobre o assunto!
Qual a melhor opção: focar no vestibular ou Enem?
A resposta a essa pergunta é: depende do seu objetivo. Se você deseja entrar em um curso de uma universidade específica que utiliza apenas o vestibular, essa será a melhor opção para você. Isso vale, inclusive, para instituições particulares, que não podem fazer parte do Sisu.
Já para quem está em busca de ampliar as possibilidades, ou deseja entrar em uma das instituições que são contempladas pelo Sisu, Prouni, Fies ou instituições particulares que utilizam a nota do Enem como critério de seleção.
E se quiser fazer ambos? Ok também! Para isso, é interessante fazer uma preparação completa, voltada para os dois estilos de prova.
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